A greve de fome dos profissionais da educação do Paraná completa uma semana nesta quarta-feira (25) sem que o governo do estado se sensibilize e abra diálogo para debater as soluções para salvar a educação pública paranaense.
O movimento teve início na quinta-feira (19) na porta do Palácio Iguaçu – sede do governo estadual – e pede revogação do edital do processo seletivo simplificado (PSS) 47/2020 e o atendimento das demandas em favor de melhoria da educação pública para evitar o desemprego de cerca de 30 mil profissionais da educação do estado.
“Chegamos ao sétimo dia de resistência pacífica na greve de fome no Palácio Iguaçu. Estou 6 quilos mais magro”, relata o professor Hermes Silva Leão, presidente da APP – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná. Ele conta que “essa noite foi difícil, um vento cortante insistiu em soprar a noite inteira. Na ventania o barulho produzido pelas bandeiras hasteadas 24 horas por dia se torna uma tortura mental”.
E reafirma o propósito de seguir lutando pela educação pública e pela vida. “Diante dos mais de 170 mil mortos por Covid no Brasil precisamos intensificar a denúncia ao método de gestão do governador Ratinho Jr (PSD) e do secretário estadual de Educação do Paraná, Renato Feder”.
Para a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) Educação Paraná, “a falta de diálogo com a categoria e a imposição de mudanças unilaterais gestadas na cabeça de um empresário que sempre enxergou no ensino público um ‘elefante branco’ lembram mais a falta de ‘educação’ do que seu exercício na relação com os demais”.
E complementa afirmando que “o constante descaso com aqueles que garantem o exercício do educar nos leva à necessidade de relembrar que educar também é resistir. Resistir à tirania de políticos que vêm e vão com seus projetos pessoais eivados de megalomania, resistir ao desmonte da área que garante educação e cidadania aos filhos e filhas dos trabalhadores e trabalhadoras e que conduz, e conduzirá, nosso país a uma sociedade mais justa, solidária e próspera”.
Todo apoio aos trabalhadores, trabalhadoras e estudantes em luta!
– Pela revogação do Edital 47/2020 (prova para o Processo Seletivo Simplificado);
– Pela realização de concursos públicos;
– Pela anulação da terceirização dos funcionários e funcionárias das escolas;
– Pelo fim da militarização das escolas no Paraná;
– Pelo pagamento e implementação das progressões e promoções e
– Pela retomada do diálogo com a categoria!