Semana de quatro dias. Governo português prepara-se para avançar com projeto

A semana de quatro dias entrou na ordem do dia na Europa, que foi o berço do capitalismo e da primeira revolução industrial. Empresas e governos de vários países estão incentivando a implantação da semana de quatro dias, que em geral significa a redução da jornada de trabalho a 32 horas semanais, embora possa também superar esta marca. O trabalhador ganharia um terceiro dia de folga na semana, além do sábado e domingo. No momento, Portugal se destaca neste caminho, ao lado do Reino Unido. O governo lidera um plano piloto de implantação do que vem sendo chamado de semana de quatro dias. Inicialmente experimentado no setor privado o governo anunciou a intenção de testar o novo modelo de jornada de trabalho também na função pública, como revela reportagem da RTP Notícias reproduzida abaixo:

A semana de trabalho de quatro dias também vai ser testada na Função Pública. A garantia é da ministra da Presidência. Em entrevista ao jornal Público, Mariana Vieira da Silva revelou que o assunto já está sendo discutido com o Ministério do Trabalho. A governante sublinha que o projeto-piloto para estender a semana de quatro dias à Função Pública está sendo preparado. “Há um trabalho transversal sobre a organização do tempo de trabalho que tem múltiplas dimensões, do teletrabalho à semana de quatro dias, que me parece ser uma agenda fundamental para os próximos tempos e também negocial”.

Já há alguns organismos públicos interessados em testar esta solução.

“O compromisso é que nesta sede negocial, que é distinta da Concertação Social (NR: um diálogo tripartite envolvendo empresários, trabalhadores e governo), também se possa fazer esse diálogo. A nossa ambição é, a par do que vai acontecer no privado, também fazer um trabalho na Administração Pública”, esclareceu.

Segundo a governante, os projetos-piloto no privado e na Função Pública “terão paralelo. Estamos trabalhanso com o Ministério do Trabalho para podermos desenvolver um projeto semelhante”.

Porém, Mariana Vieira da Silva alerta que há instituições onde será impossível porque as semanas de quatro dias são incompatíveis com a organização de trabalho.

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Rodrigo Antunes – Lusa

Foto: Tiago Petinga – Lusa