Preço da cesta básica caiu em 13 capitais no mês de julho

Uma notícia positiva provinda da economia neste primeiro ano do governo Lula vem da evolução dos preços da cesta básica. Durante o governo Bolsonaro a carestia castigou duramente a classe trabalhadora e sobretudo as camadas mais vulneráveis e menos remuneradas. A inflação dos alimentos reduz o poder de compra dos salários e aumenta as privações. Na nova gestão, a melhoria é notória.

De acordo com a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Dieese em 17 capitais, os preços dos itens alimentícios básicos caíram em 13 cidades durante o mês de julho. Desta vez, os destaques foram Recife (-4,58%), Campo Grande (-4,37%), João Pessoa (-3,90%) e Aracaju (-3,51%). Nas capitais onde houve aumento (Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Salvador), a elevação ficou entre 0,03% (capital baiana) e 0,49% (em capital gaúcha).

Feijão – o preço do feijão carioquinha diminuiu em todas as capitais onde é pesquisado (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo), com variações entre -3,98%, em Natal, e -11,59%, em
Belo Horizonte. O feijão tipo preto também registrou queda em todas as capitais onde tem o preço coletado (região Sul, Vitória e Rio de Janeiro).

Carne bovina de primeira – O preço médio do quilo caiu em todas as cidades, com variações entre -0,86%, em Vitória, e -7,16%, em Florianópolis.

Batata – O preço caiu em quase todas as capitais onde o tubérculo é pesquisado, com exceção de Porto Alegre, onde houve alta de 3,59%. Os recuos oscilaram entre -5,95%, em São Paulo, e -33,12%, em Campo Grande.

Óleo de soja – O preço baixou em 14 capitais. As quedas variaram entre -1,50%, em Goiânia, e -8,27%, em Natal. As altas ocorreram em Curitiba (2,25%), Porto Alegre (0,88%) e Belo Horizonte (0,36%).

Leite integral – O preço caiu em 14 capitais. As maiores quedas ocorreram em Porto Alegre (-4,80%) e
Campo Grande (-4,30%). Em Belo Horizonte, o valor médio não variou; em João Pessoa, (1,24%) e Natal
(0,61%), as taxas foram positivas.

Pão e farinha de trigo – O ritmo de compra e venda de trigo seguiu lento em julho, à espera de como
será a safra nacional. No varejo, pão e farinha tiveram comportamentos distintos. Em julho, o preço da farinha de trigo baixou em todas as capitais do Centro–Sul, onde é pesquisada. As variações oscilaram entre -0,97%, em Campo Grande, e -3,99%, em Vitória. Já o quilo do pão francês apresentou elevação em 13 capitais: entre 0,08%, em Aracaju, e 1,24%, em Vitória. As quedas ocorreram em Florianópolis (-0,73%), Brasília (-0,46%), Natal (-0,29%) e São Paulo (-0,06%).

Em 12 meses, a cesta básica de alimentos teve alta em 11 capitais (entre 0,11%, em Belo Horizonte, e 4,44%, em Natal). Houve redução do custo em seis municípios, com variações entre -0,94%, em Florianópolis, e -3,88%, em Recife.

O Caderno de Negociações do Dieese salienta, ainda, a informação de que em julho só 1% dos reajustes salariais consagrados nas negociações coletivas ficaram abaixo da inflação, outro dado da realidade no governo Lula que contrasta fortemente com o que ocorreu durante o governo Bolsonaro. O líder do fascismo brasileiro é um inimigo declarado da classe trabalhadora.

Observou-se também um crescimento do emprego com carteira assinada para pessoas deficientes e a continuidade dos atrasos no pagamento de salários de trabalhadores e trabalhadoras das empresas de transporte público, uma das principais causas das 48 paralisações no ramo registradas no primeiro semestre deste ano.