Presidente da CTB aborda desafios da classe trabalhadora em discurso no 12º FÓRUM SINDICAL DO BRICS

No encerramento do 12º FÓRUM SINDICAL DO BRICS (BTUF), o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Adilson Araújo, proferiu um discurso marcante onde ele abordou temas, como o Novo Banco de Desenvolvimento, a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ACFTA) e o BRICS, destacando seu potencial como plataformas para a industrialização, desenvolvimento e participação econômica.

O presidente, traçou um panorama abrangente dos desafios e oportunidades enfrentados pela classe trabalhadora e a humanidade na transição para uma nova ordem mundial. Suas palavras destacaram a importância do BRICS, do respeito ao meio ambiente e da valorização do trabalho como elementos-chave nessa jornada.

A classe trabalhadora na era das oportunidades e desafios
Adilson começou seu discurso contextualizando o momento histórico em que vivemos, caracterizado por desafios significativos e oportunidades de mudança. Ele observou que a crise ambiental atual, com a multiplicação das tragédias naturais e o aumento da temperatura global, representa uma ameaça à sobrevivência da humanidade. O respeito pelo meio ambiente é imperativo.

O declínio da ordem mundial capitalista
O presidente apontou para o declínio da ordem mundial capitalista, que teve início após a Segunda Guerra Mundial e foi formalizada em Bretton Woods, EUA, em 1944. Ele enfatizou que essa ordem foi marcada pela exploração das nações mais pobres pelas potências capitalistas, gerando a necessidade histórica de uma nova ordem geopolítica internacional.

O BRICS como arquiteto da nova ordem
O discurso seguiu com a valorização do BRICS, que, após sua última cúpula na África do Sul, está moldando os contornos dessa nova ordem global. O presidente da CTB reconheceu o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS como uma contribuição valiosa para esse processo. Ele enfatizou a importância de dar voz e protagonismo à classe trabalhadora e ao movimento sindical nessa transição.

Navegando pelas turbulências, lutando pela paz e nova ordem mundial
O presidente da CTB alertou para a realidade de que as transições geopolíticas raramente são pacíficas. Ele destacou a agudização das tensões internacionais, a ascensão de ideologias nazi-fascistas em várias partes do mundo como preocupações atuais e enfatizou a necessidade de se preparar para enfrentar essas turbulências.
O discurso ressaltou a importância da luta pela paz em uma nova ordem mundial, com a proibição das armas nucleares e a resolução de conflitos internacionais por meio do diálogo e da negociação. Também defendeu o direito das nações à autodeterminação econômica, o pleno emprego e o bem-estar social como pilares dessa nova ordem.

Promovendo relações justas e sustentáveis, valorização do trabalho e justiça social

No contexto da nova ordem, Adilson defendeu a superação das relações econômicas imperialistas em favor de uma cooperação justa e mútua, com transferência de tecnologia e benefícios compartilhados. Ele enfatizou a importância da preservação do meio ambiente, transição para a energia limpa e desenvolvimento sustentável.

Ele encerrou enfatizando que o trabalho cria valor econômico e riqueza, e essa riqueza deve ser compartilhada de forma mais justa e reiterou a necessidade de um protagonismo maior da classe trabalhadora e do movimento sindical nessa transição.

Adilson encontrou com Zingiswa Losi, presidenta da Congress of South African Trade Unions (COSATU), a maior organização dos trabalhadores da África do Sul. Foto: CTB