A CTB-Mulher se solidariza com o Movimento Feminista de Euskal Herria

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), presta solidariedade ao Movimento Feminista de Euskal Herria (País Basco) em sua Greve Geral Feminista por condições dignas de trabalho e por uma divisão equânime do trabalho doméstico com os homens.

É evidente que as condições de trabalho das trabalhadoras da saúde, as cuidadoras, está
precária com salários baixos, jornadas extorsivas, o que acarreta uma carga emocional
muito grande levando as trabalhadoras ao adoecimento que justifica a greve para que as
trabalhadoras sejam respeitadas em todos os seus direitos.

As brasileiras entendem bem os motivos dessa greve geral porque em nosso país enfrentamos o mesmo problema com grande sobrecarga de trabalho . Tivemos avanços, principalmente com a aprovação, no governo Lula, de uma lei que determina salário igual para
trabalho igual, porque as mulheres sempre ganharam menos, até em condições de estudo
mais avançados.

No Brasil, pouquíssimas mulheres exercem cargos de chefia, mesmo em empresas que se
dizem feministas. A privatização e a terceirização nos serviços públicos prejudicam tanto
quem trabalha nesse setor quanto quem precisa desses serviços. As mulheres têm uma sobrecarga de trabalho porque todo o trabalho doméstico fica sobre os seus ombros.

A CTB-Mulher se junta às trabalhadoras bascas e apoia integralmente essa greve por direitos iguais e por respeito aos direitos trabalhistas e humanos. Lutamos para que não haja
divisão sexual do trabalho e que o mercado de trabalho valorize as mulheres em todo o potencial que temos para atuar em todas as áreas em condições de igualdade com os homens.
Chega de discriminação de gênero e de sexismo no mundo de trabalho.
Todas juntas por uma vida digna.


Brasil, 24 de novembro de 2023.
Celina Alves Padilha Arêas.
Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora
da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Brasil – CTB