21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher: CTB convoca militância para panfletagem em São Paulo, nessa quinta (30)

No dia 20 de novembro, teve início no Brasil a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”,mundialmente a iniciativa é promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), e é chamada de “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Este movimento busca destacar e combater de maneira contínua a violência contra as mulheres. Para reforçar essa campanha, as centrais sindicais convocam a mobilização nessa quinta-feira (30), às 6 horas, com a realização de panfletagem no Largo da Concórdia – Brás, saída do metrô.

O envolvimento amplo da sociedade é essencial para o sucesso da campanha, que acontece anualmente em mais de 150 países. Além do poder público, diversos setores da sociedade civil estão engajados nessa luta.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), desempenha um papel fundamental na campanha e além da Central, entidades do movimento sindical e órgãos governamentais, como a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados e a Procuradoria Especial da Mulher do Senado, estão envolvidos nas atividades da campanha.

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Calendário de atividades

  • 20 de novembro: Início da campanha no Brasil (Dia da Consciência Negra)
  • 25 de novembro: Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres
  • 29 de novembro: Dia Internacional dos Defensores dos Direitos da Mulher
  • 1º de dezembro: Dia Mundial de Combate à Aids
  • 3 de dezembro: Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
  • 6 de dezembro: Dia dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (campanha do Laço Branco)
  • 10 de dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos e encerramento oficial da campanha

25 de novembro: Dia Internacional de luta pelo fim da violência contra a mulher

Esta data é especialmente significativa, marcando o Dia Internacional de Luta pelo Fim da Violência contra a Mulher. A escolha do dia remete ao trágico destino das irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana. Em março de 1999, as Nações Unidas oficializaram o 25 de novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

A realidade da violência

De acordo com dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os casos de violência contra a mulher, crianças e adolescentes aumentaram de 2021 para 2022. O feminicídio registrou 1.437 casos, um aumento de 6,1%. Notavelmente, 61,1% das vítimas eram mulheres negras.

As tentativas de feminicídio também apresentaram um aumento, passando de 2.181 casos em 2021 para 2.563 em 2022, representando um aumento de 16,9%. Se todas as tentativas se concretizassem, o número de mulheres mortas no ano passado seria alarmante, atingindo 4 mil.

Além disso, os dados revelam que a violência doméstica continua a crescer, passando de 237.596 para 245.713 casos registrados.

Fica evidente que, embora a campanha global seja uma ferramenta poderosa de conscientização, os desafios locais exigem esforços contínuos para implementar mudanças eficazes e proporcionar um ambiente seguro para todas as mulheres. O engajamento de diversos setores da sociedade é essencial para alcançar progressos significativos na erradicação da violência contra as mulheres.