FENAJ aponta que, em 2024, jornalistas sofreram uma agressão a cada 2,5 dias no Brasil

Foto: divulgação.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lança nesta terça (20), o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2024, o estudo compõe uma série histórica, e traz nesta edição o registro de 144 casos de agressão a jornalistas e veículos de comunicação em 2024 — uma média de um ataque a cada dois dias e meio.

Apesar da redução de 20% em relação a 2023, os números seguem alarmantes e revelam um cenário de intimidação, censura e ameaças que atinge especialmente profissionais que atuam na linha de frente da cobertura política e social, muitos deles durante o período eleitoral.

Entre os dados mais preocupantes, estão o crescimento do assédio judicial contra jornalistas — instrumento usado por políticos, empresários e religiosos como forma de silenciar críticas — e a dobradinha nos casos de censura. A FENAJ alerta ainda para a continuidade dos ataques praticados por representantes da direita e extrema-direita, que respondem por mais de 40% das agressões.

A entidade também denuncia o impacto das violações de gênero, com ataques físicos, simbólicos e digitais que atingem de forma desproporcional as mulheres jornalistas. Em julho, mês mais violento do ano, houve ameaças com armas, disparos durante coberturas e até ataques a residências de profissionais.

No plano internacional, a situação é ainda mais grave. A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) registrou 122 assassinatos de jornalistas em 2024, a maioria durante o genocídio em Gaza promovido por Israel.

Diante desse quadro, o Sintaema se soma à luta dos jornalistas e das jornalistas na defesa de:

Políticas públicas de proteção à imprensa e aos profissionais da comunicação;
Regulação urgente das plataformas digitais, com mecanismos de responsabilização contra o discurso de ódio e a desinformação;
Liberdade de imprensa como pilar fundamental da democracia.

Para a direção do Sintaema, sem imprensa livre, não há democracia. E sem segurança para informar, não há liberdade de expressão.

Com informações da FENAJ e Sintaema.

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