CTB debate questão racial em conferência e faz moção para professores e servidores

Com a palestra principal da intelectual baiana Carla Akotirene, Salvador abriu, nesta segunda-feira , no (26), a IV Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Salvador. O evento prossegue nesta terça-feira (27) no Hotel Quality, no Stiep, com o tema “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”.

Carla abordará temas para a promoção da igualdade racial no país, como o processo de reparação histórica, a importância da coleta do quesito Raça/Cor para a elaboração de políticas públicas, a efetivação do Estatuto da Igualdade Racial. Além das dimensões da transversalidade e da intersetorialidade nas políticas públicas.

A CTB Bahia marca presença com o secretário de Combate ao Racismo, Jerônimo Silva Júnior, Sônia Maria (FETRACOM-BASE), Nancy Andrade (Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe), e Rosemeire Correia e Antônio Fernando (Comerciários). “É sempre importante a participação do sindicalismo em eventos oficiais de governos. As conferências são momentos em que a sociedade e os poderes públicos revisam e elaboram as políticas de promoção da igualdade racial. Nos debates, podemos interferir na construção dessas políticas. Queremos iguldade racial em todos os espaços sociais”, disse Jerônimo.

MOÇÃO, SEPROMI E UNEGRO

O dirigente apresentou uma moção de repúdio ao prefeito Bruno Reis e solidariedade aos professores da rede municipal e servidores da Prefeitura. “Vamos ampliar o documento para todas as entidades presentes. Essas duas categorias buscam melhores salários e condições de trabalho, e ele trata com descaso, inclusive contando com manobras da situação na Câmara de Vereadores para aprovar, às escondidas, um reajuste que não foi debatido com a APLB e o Sindseps. Por isso, o nosso apoio”, afirmou.

A secretária estadual de Promoção da Igualdade, Ângela Guimarães, destacou “o grande desafio dos movimentos de luta antirracista nas conferências de envolver a sociedade no debate racial, para construção de um País mais igual e mais justo socialmente e economicamente”.

Segundo a presidenta da UNEGRO, Marina Duarte, o movimento negro vai propor caminhos para Salvador combater o racismo. “A cidade mais negra fora da África ainda é muito desigual. É importante colocar a questão racial no centro das políticas públicas para reparar os efeitos perversos do racismo estrutural. Isso fortalece a democracia e a justiça social. Temos que lutar por reparações e colher os frutos delas”, enfatizou.

Informações: CTB-BA.

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