A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de Pernambuco (CTB-PE), divulgou nesta semana uma nota pública de solidariedade à professora Carol Lima, da rede municipal de ensino do Recife, que foi agredida por membros da Guarda Civil Municipal durante uma manifestação por reajuste salarial.
Carol Lima tem sido uma das figuras de destaque nas mobilizações recentes realizadas por educadoras e educadores da capital pernambucana. A categoria vem reivindicando, há semanas, melhorias salariais e o cumprimento de direitos básicos. Durante as ocupações e atos realizados no prédio da prefeitura do Recife, a professora participou ativamente das manifestações, demonstrando firmeza na luta por justiça social e valorização profissional.
De acordo com a nota da CTB Pernambuco, a agressão ocorreu quando agentes da Guarda Civil tentaram reprimir o movimento grevista, numa tentativa de intimidar os manifestantes. A ação violenta resultou na agressão direta à professora, o que gerou indignação e repúdio por parte de entidades sindicais, movimentos sociais e parlamentares.
“A companheira foi gigante, na resistência e na defesa das pautas das(os) trabalhadoras(es)”, destacou a nota assinada pela direção estadual da CTB. A entidade também reafirmou seu apoio à educadora e se colocou à disposição para prestar toda solidariedade e apoio necessários neste momento.
A CTB classificou o episódio como “lamentável” e um ataque direto ao direito constitucional de manifestação e à integridade física de uma trabalhadora que apenas exercia seu papel como cidadã e sindicalista. A central também reiterou seu compromisso com a luta classista e combativa: #ALutaÉPraValer #SindicalismoClassista.
O caso reacende o debate sobre a criminalização dos movimentos sociais e a crescente repressão a greves e protestos em várias cidades brasileiras. Organizações de direitos humanos já se manifestaram pedindo apuração rigorosa dos fatos e responsabilização dos envolvidos.
Enquanto isso, a mobilização dos professores do Recife segue firme, com novas assembleias previstas para os próximos dias. A luta continua — e, como lembra a CTB, “ninguém solta a mão de ninguém”.