O Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe (CTB/SE) convocam a população para um protesto nesta sexta-feira, 13 de junho, em frente à agência do Bradesco na Praça General Valadão, no centro de Aracaju. O ato, chamado de “Dia de Luto”, é uma resposta direta ao anúncio de fechamento da unidade, previsto para o dia 20 de junho.
A decisão do banco revoltou trabalhadores e clientes. O fechamento da agência é parte de uma política nacional de enxugamento que, segundo o sindicato, tem causado graves prejuízos à população e gerado insegurança entre os funcionários.
“O Bradesco continua lucrando alto, mas fecha agências e demite funcionários. Isso é um desrespeito com os trabalhadores e com os clientes”, afirma o presidente do SEEB/SE, Adilson Azevedo.
Lucro bilionário e cortes em massa
Apesar de ter registrado um lucro líquido recorrente de R$ 5,864 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2025 e de ter ampliado sua base de clientes em 1,2 milhão no mesmo período, o Bradesco segue cortando custos. De acordo com dados do sindicato, somente nos últimos 12 meses, o banco fechou 420 agências e eliminou 2.269 postos de trabalho — sendo 657 desses cortes realizados apenas no primeiro trimestre deste ano.
Em Sergipe, o clima entre os funcionários é de apreensão. No mês passado, dois bancários da agência da General Valadão foram demitidos, aumentando o temor de novas dispensas com o fechamento da unidade.
A agência terá seu atendimento transferido para a unidade da Travessa José de Faro, também no centro de Aracaju. No entanto, para os bancários e para muitos clientes, a mudança representa mais um retrocesso.
“O fechamento dessa agência histórica atinge principalmente idosos, trabalhadores e pequenos comerciantes da região central. Não podemos aceitar calados essa estratégia de lucro a qualquer custo”, conclui Adilson Azevedo.
Informações: Bancários-SE
