Em meio a um frágil cessar fogo com o Irã, Israel prossegue com genocídio na Faixa de Gaza

Depois de uma irada reprimenda do presidente dos EUA, Donald Trump, recheada com palavrões, o genocida Benjamin Netanyahu concordou em respeitar o cessar fogo com o Irã depois de violar o acordo na manhã desta terça-feira (24) e da agressão criminosa que desencadeou o conflito entre os dois países.

Ainda que frágil e malquisto pelo governo sionista o cessar fogo levou um pouco de calmaria à economia global, animando os mercados de capitais e resultando numa queda do preço do petróleo ao reduzir as tensões geopolíticas e as dimensões do incêndio provocado pelo Estado Terrorista de Israel no Oriente Médio.

Horror em Gaza

Por outro lado, Netanyahu prossegue com sua empreitada genocida na Faixa de Gaza, onde o horror impera e a fome é usada como arma de destruição em massa.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) denunciou Israel de utilizar um local de ajuda humanitária em Gaza como emboscada para matar 410 palestinos que buscavam comida.

Contra a orientação e a vontade da ONU, a entrega dos suprimentos é monopolizada pela Fundação Humanitária de Gaza (FHG), a única organização autorizada por Israel a realizar ajuda no território, manipulada por Tel Aviv e Washington. Desde que o modelo de distribuição de alimentos por meio da organização foi implementado pelo país dirigido pelo genocida Netanyahu, em 26 de maio, a morte de palestinos se tornou rotina nas filas da FHG.

O porta-voz da agência da ONU, Thameen Al-Kheetan, disse que Israel “instrumentalizou” a comida para civis na Faixa de Gaza, usando-a como uma espécie de “arma” contra a população.

“A instrumentalização da comida contra civis, além de restringir ou impedir o acesso a serviços essenciais para a sobrevivência, constitui um crime de guerra e, em determinadas circunstâncias, pode representar elementos de outros crimes, segundo o direito internacional”, afirmou Al-Kheetan.

“Pessoas desesperadas e famintas em Gaza continuam enfrentando a escolha desumana de morrer de fome ou correr o risco de serem mortas ao tentar conseguir comida”, enfatizou.

Essa é uma das declarações mais contundentes da ONU sobre o assunto desde que Israel implantou um modelo único de distribuição de ajuda humanitária na região, por meio da Fundação Humanitária de Gaza. O presidente da organização é o reverendo estadunidense Johnnie Moore, pastor de extrema direita pró-Israel.

A ONU e outras entidades internacionais se recusam a cooperar com a fundação FHG, que viola princípios básicos de ajuda humanitária, realizada com a presença de soldados israelenses. Além dos mortos, a organização internacional aponta que pelo menos 3,6 mil palestinos ficaram feridos em casos de ataques ligados à entrega de ajuda humanitária.

Desde a intensificação dos ataques de Israel à Faixa de Gaza, em outubro de 2023, ao menos 56 mil palestinos foram mortos e outros 130 mil feridos, sendo a maioria mulheres, crianças e adolescentes, conforme dados do Ministério da Saúde do território.

Foto: Bashar Taleb-AFP

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