A recente decisão do Congresso Nacional, um dos mais conservadores da história, de derrubar o decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), empurra sobre a população mais pobre cortes em programas federais que atendem a parcela mais vulnerável da sociedade. Enquanto isto, poupa os mais ricos da tributação de aportes em suas previdências privadas e de gastos com cartão de crédito no exterior.
O aumento do IOF anunciado por Lula previa a taxação de operações de crédito, de câmbio e de aportes de mais de R$ 50 mil em previdências. O governo previa arrecadar R$ 20 bilhões a mais só em 2025. Mas, diante da atitude do Congresso agora vai faltar verba para a saúde, educação e Minha Casa, Minha Vida, por exemplo.
O governo federal anunciou que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir o direito de governar com responsabilidade fiscal e social. A derrubada do IOF também eleva o custo do crédito no Brasil que, diga-se de passagem, já é alto. Com a Selic em 15% ao ano, o país tem uma das mais elevadas taxas de juros do mundo, o que facilita o endividamento da população mais pobre, para delírio do sistema financeiro.
Informações: Assufba.