Nesta segunda-feira (14), foi realizada a Live Sindical do Plebiscito Popular, uma atividade promovida pelas centrais sindicais brasileiras, em conjunto com a Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo e diversos movimentos e organizações sociais. A live teve como objetivo central debater os eixos do plebiscito e orientar dirigentes sindicais e militantes sobre como organizar urnas de votação em suas bases.
Entre os principais temas defendidos pela iniciativa estão a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, o fim da escala 6×1, a correção da tabela do imposto de renda, e a tributação dos super-ricos. A proposta é dialogar com o povo trabalhador sobre pautas urgentes e pressionar o Congresso Nacional a legislar em favor da maioria da população.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, participou da transmissão e destacou a importância política e social do plebiscito. Em sua fala, ele enfatizou que a ação coletiva é um poderoso instrumento democrático:
“É uma importante iniciativa que toca em dois pontos centrais. O fim da escala 6×1, que diante da elevada produtividade e dos avanços tecnológicos, já não se justifica. Precisamos avançar na redução da jornada de trabalho sem redução de salário”, afirmou.
Adilson também abordou o debate sobre a correção da tabela do imposto de renda, defendendo que esse tema é essencial para promover justiça social e corrigir distorções históricas no sistema tributário brasileiro. Segundo ele, a tabela está defasada em cerca de 140%, o que penaliza trabalhadores e trabalhadoras com descontos desproporcionais.
“A política tributária precisa ser estruturada para apoiar um programa sólido de desenvolvimento socioeconômico. Ela é uma ferramenta central para fortalecer o Estado de proteção social”, reforçou.
“Há uma sangria absurda com renúncias fiscais que chegam a R$ 200 bilhões por ano, enquanto o Congresso segue sustentando propostas que não dialogam com a realidade do povo brasileiro”, acrescentou.
Durante a live, foram apresentadas estratégias de mobilização, explicando como cada sindicato ou organização popular pode instalar urnas, coletar votos e envolver a base trabalhadora nesse processo participativo. Os organizadores lembraram que o plebiscito é um instrumento de luta, e não apenas de consulta, servindo para pressionar o Legislativo e unificar a classe trabalhadora em torno de pautas urgentes e justas.
A live também reafirmou que mobilizar, votar e pressionar são ações fundamentais para enfrentar as desigualdades e reconstruir um Brasil mais justo, humano e menos desigual.
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