No dia 7 de agosto, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) dará início ao seu 6º Congresso Nacional com a realização de um importante Seminário Internacional, em Salvador (BA). Com o tema “Os desafios da multipolaridade geopolítica e a classe trabalhadora”, o evento acontecerá no SENAI Cimatec, das 8h30 às 17h, e reunirá lideranças sindicais de 20 países, representando a maioria dos continentes.
A abertura será feita pelo presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, seguida de duas mesas de debate. Pela manhã, o tema será os desafios da multipolaridade, com a participação de dirigentes sindicais do Vietnã, África do Sul, País Basco, Cuba, Índia e Brasil. À tarde, a discussão se volta para os impactos das novas tecnologias sobre o trabalho, com representantes da Federação Sindical Mundial (FSM), de Portugal, Rússia, Brasil e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do governo Lula.
Segundo Divanilton Pereira, dirigente nacional da CTB e presidente da UIS Metal da Federação Sindical Mundial, o seminário ocorre num momento geopolítico decisivo para o movimento sindical internacional:
“O nosso Seminário Internacional vai reunir uma presença qualificada de sindicalistas classistas e amigos da CTB vindos de 20 países — da Rússia, da África do Sul, do Vietnã, de Cuba, da Argentina, Uruguai, México, entre outros. Essa representação revela a respeitabilidade e o protagonismo da CTB no cenário internacional”, afirmou.
Divanilton destaca que o seminário será realizado em um cenário de crise do sistema capitalista, declínio relativo da hegemonia estadunidense e ofensiva contra os direitos trabalhistas:
“Vivemos um ambiente geopolítico complexo, tenso, com muitas incertezas e riscos. A consequência disso é uma ofensiva global contra os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. Por isso, o seminário será fundamental para refletirmos sobre os impactos da multipolaridade na luta de classes e sobre os desafios políticos e tecnológicos que se impõem às organizações sindicais.”
Entre os temas da tarde, estarão em pauta o avanço da inteligência artificial, a revolução 4.0 e seus efeitos na empregabilidade, na subjetividade dos trabalhadores e na relação com os sindicatos.
Além dos debates, o seminário marcará também o início das celebrações pelos 80 anos da Federação Sindical Mundial, a primeira organização sindical internacional, fundada em 3 de outubro de 1945.
“A CTB também celebrará o legado da FSM e sua concepção classista, que é a base da nossa atuação no Brasil e no mundo”, finalizou Divanilton.
O Seminário Internacional será um dos pontos altos da programação do 6º Congresso Nacional da CTB, que reunirá dirigentes e delegados de todo o país até o dia 10 de agosto, com o objetivo de atualizar sua linha política e reforçar a unidade da classe trabalhadora na luta por soberania, direitos e desenvolvimento.