Por Adilson Araújo, presidente da CTB
Celebramos este 7 de setembro no momento em que a independência e soberania do Brasil, e em especial do seu Poder Judiciário, são alvos de agressões e ameaças dos EUA, cuja ofensiva imperialista é apoiada e estimulada por uma corja de traidores da pátria liderada por Jair Bolsonaro que patrocinam uma infâmia.
O tarifaço e as sanções contra ministros do STF impostas pelo governo Trump são injustas e ilegais, conforme reconheceu em recente decisão o próprio Tribunal Federal de Apelações dos Estados Unidos.
Independência ou Morte
O Brasil não pode se curvar às pressões imperialistas, sob pena de voltar à condição de mera colônia e abdicar da soberania nacional conquistada em 1822.
O grito Independência ou Morte proferido por Dom Pedro I às imagem do Ipiranga deve ser não apenas lembrado, mas reiterado com muita força neste domingo.
Soberania, democracia e direitos sociais
O povo brasileiro deve ser alertado para a gravidade do momento histórico que atravessamos e conscientizado sobre a necessidade de resistir e lutar em defesa da soberania nacional, da democracia e dos direitos sociais. Esses três valores estão profundamente conectados e entrelaçados.
O imperialismo, em aliança com a extrema direita bolsonarista, é a grande pedra no caminho do desenvolvimento nacional com soberania, democracia e valorização do trabalho.
Defender a soberania nacional significa, neste momento, lutar também pelo fortalecimento da democracia em nosso país, o que por sua vez passa obrigatoriamente pela condenação e punição exemplar dos líderes da empreitada golpista que culminou no fatídico 8 de janeiro de 2023.
Sem soberania nacional e sem democracia será muito mais difícil, senão impossível, defender os direitos sociais, a valorização do tabalho e uma distribuição menos injusta da renda nacional, que é produzida exclusivamente pela classe trabalhadora.
Crise geopolítica
É preciso também compreender que a atual ofensiva colonialista dos EUA ocorre em meio à crescente crise geopolítica originada pelo declínio do chamado Ocidente, reunido no senil G7, em contradição com a vigorosa ascensão da China e do Brics, que foi fundado em 2009 e ampliado consideravelmente nos últimos anos.
Trump pode se arvorar imperador do mundo, mas é apenas o chefe de uma potência em franca e incontornável decadência. Seus arroubos imperialistas não são um sinal de força, mas de fraqueza.
O Brasil nada tem a ganhar rebaixando-se à condição de colônia ou neocolônia de Washington, mas pode ter um futuro soberano e grandioso ampliando e fortalecendo as relações econômicas e políticas com o Sul global, a China e o Brics. visando a construção de uma nova ordem mundial fundada no multilateralismo, no respeito ao sagrado direito das nações à autodeterminação e orientada para a solução pacífica dos conflitos internacionais, fim das agressões imperialistas, das guerras e da corrida armamentista e o desenvolvimento soberano, sustentável, pacífico e compartilhado dos povos, que devem ser considerados como iguais e irmãos.
Este será o caminho da civilização humana em contraposição à barbárie proveniente da política imperialista imposta pela potência líder de uma ordem mundical capitalista em notória decomposição.
Viva a democracia, a independência e a soberania nacional!
Abaixo o imperialismo!