“O Brasil jamais será colônia”, afirma Adilson Araújo em ato do 7 de Setembro

Foto: Marcela Rodrigues.

Neste domingo (07), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) participou ativamente dos atos do 31º Grito dos Excluídos e Excluídas, que mobilizaram milhares de pessoas em diversas cidades do país. Em São Paulo, a manifestação ocorreu na Praça da República e reuniu lideranças sindicais, movimentos populares e a sociedade civil em defesa da soberania nacional, da democracia e da justiça social.

Durante o ato, o presidente da CTB, Adilson Araújo, fez um discurso inflamado, resgatando o simbolismo histórico da Independência do Brasil e relacionando-o à luta da classe trabalhadora no presente:

“O Brasil não é colônia, jamais será colônia. Há 203 anos, nas margens do Ipiranga, ecoava o brado retumbante de um povo que não aceitava a condição de submissão a Portugal. O grito de liberdade, independência ou morte, espraiou por todo o Brasil e segue atual.”

Araújo destacou também a participação decisiva das mulheres e dos povos negros e indígenas na luta por liberdade:

“Foi com a bravura das heroínas Maria Felipa, Maria Quitéria e Joana Angélica, e com a resistência dos povos negros e indígenas, que se consolidou a nossa independência. O povo disse: ‘xô, Portugal, xô colônia’.”

O dirigente relacionou o contexto histórico à conjuntura internacional e à solidariedade entre povos:

“O pano de fundo desse centro imperialista é a grave crise geopolítica. Os Estados Unidos investem belicamente, interferindo na autodeterminação de povos e nações. Neste 7 de setembro, é fundamental expressarmos solidariedade: Palestina livre, Palestina livre, Palestina livre.”

Ao abordar a situação econômica e social do país, Adilson defendeu medidas para melhorar a vida da classe trabalhadora:

“As empresas estão lucrando desavergonhadamente. É preciso reduzir a jornada de trabalho para gerar mais empregos. Ao mesmo tempo em que isentamos até R$ 5 mil no Imposto de Renda, temos que enfrentar o demônio da escala 6×1.”

Ele criticou a política de juros altos e a concentração de renda, apontando consequências para investimentos e consumo familiar:

“Uma taxa de juros de 15% é indigesta. Maltrata a economia, impede os investimentos, retrai o consumo das famílias. Se queremos viver melhor, vestir nossas famílias, viajar, precisamos nos rebelar contra o atraso e contra a ditadura do imperialismo.”

Encerrando seu discurso, Araújo reafirmou a importância da luta por um país soberano e justo:

“O Brasil tem que se revelar, se revelar contra o atraso, se revelar contra o imperialismo e afirmar: Brasil soberano, eternamente soberano. Viva a luta da classe trabalhadora e do povo brasileiro.”

O ato na Praça da República integrou a agenda nacional do Grito dos Excluídos e Excluídas, reforçando neste 7 de Setembro o chamado por um país mais justo, democrático e independente, com atenção especial aos direitos da classe trabalhadora e à defesa da soberania nacional.

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