A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, demais centrais e movimentos sociais realizaram no domingo (21) manifestações em diversas cidades do país contra a anistia a golpistas e a chamada PEC da Blindagem.
Pelo menos 19 capitais registraram atos contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia ao longo do domingo e em São Paulo, milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista, em frente ao Masp, para defender a democracia e se opor a medidas que buscam enfraquecer as investigações sobre os ataques de 8 de janeiro. Um grande bandeirão verde e amarelo foi estendido no local, em contraste com o ato bolsonarista de 7 de setembro, quando apoiadores do ex-presidente exibiram uma gigantesca bandeira dos Estados Unidos no mesmo espaço, reivindicando anistia aos envolvidos nos atos golpistas.
“O povo brasileiro demonstrou nas ruas de ontem, no dia 21 de setembro, que não aceita mais a impunidade e que é contra a anistia aos golpistas. As maiores capitais e cidades foram às ruas para dizer não à PEC da Blindagem e não à anistia de quem tentou impor um golpe militar. A CTB se soma a esse anseio popular e está vigilante para que parte do Congresso Nacional não vote essas medidas contra a vontade do povo”, afirmou Carlos Rogério Nunes, secretário adjunto de Políticas Sociais, Esporte e Lazer da central.
Os protestos ocorreram uma semana após a condenação de Jair Bolsonaro. Nesse contexto, a Câmara dos Deputados acelerou a tramitação da proposta de perdão aos golpistas. Em votação-relâmpago, na noite da quarta-feira (17), os parlamentares aprovaram um requerimento de urgência que encurta os prazos regimentais. O texto ficou sob a relatoria do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
Para a CTB, não há democracia possível com impunidade para quem tentou destruir o país. A central reafirma que a PEC da Blindagem é um ataque direto ao Estado democrático de direito e um salvo-conduto para golpistas. O Brasil precisa avançar em justiça, soberania e direitos sociais, não retroceder diante de manobras que apenas protegem criminosos e enfraquecem a luta do povo trabalhador.










