Mobilização sindical acelera votação da isenção do Imposto de Renda na Câmara

Plebiscito Popular ouve a opinião do povo brasileiro sobre a taxação dos super-ricos, a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1 - Reprodução/Júnior Lima.

A intensa mobilização dos trabalhadores e movimentos sociais que tomou conta das ruas em todas as regiões do país começa a mostrar resultados concretos. Sob forte pressão popular, a Câmara dos Deputados anunciou que votará, na próxima quarta-feira (1º de outubro), o Projeto de Lei 1.087/25, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou a data após o relator da proposta, deputado Arthur Lira (PP-AL), apresentar seu parecer no Colégio de Líderes. O texto também prevê a cobrança de uma alíquota extra progressiva de até 10% para os mais ricos, atingindo contribuintes com rendimentos acima de R$ 600 mil por ano, chegando ao percentual máximo para quem recebe mais de R$ 1,2 milhão anuais.

Segundo a proposta, a taxação adicional sobre os super-ricos compensará o alívio tributário para os trabalhadores de menor renda. O relatório ainda elevou de R$ 7 mil para R$ 7,35 mil a faixa de renda beneficiada com redução parcial do imposto.

Para a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a decisão de pautar a matéria é reflexo direto da pressão das ruas. “Foi a mobilização que fez a diferença. Esse resultado é fruto da luta organizada dos trabalhadores, que mostraram sua força nos atos em todo o país”, destacou a direção da central.

Além da luta pela justiça tributária, o movimento sindical mantém na agenda outras reivindicações fundamentais, como a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e o fim da escala 6×1, bandeiras que também estão sendo debatidas no Plebiscito Nacional, marcado para o próximo dia 2 de outubro.

A CTB orienta suas entidades filiadas a reforçarem a mobilização e incentivarem a participação no plebiscito, considerado essencial para fortalecer a democracia participativa e garantir que a voz da classe trabalhadora siga ecoando no Congresso Nacional.

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