Presidente da CTB destaca que a luta por jornadas menores e condições dignas é essencial diante dos avanços tecnológicos e das transformações no mundo do trabalho
Neste 7 de outubro, Dia do Trabalho Decente, a reflexão sobre o futuro das relações trabalhistas ganha ainda mais destaque. Em meio às rápidas transformações impulsionadas pela tecnologia e pela automação, cresce a necessidade de garantir empregos dignos, salários valorizados, igualdade de oportunidades e ambientes de trabalho saudáveis.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, enfatizou que a luta pela redução da jornada de trabalho tem um sentido estratégico para a classe trabalhadora e para toda a sociedade. “Os desafios contemporâneos acentuam que, no limiar das mudanças que assistem o mundo, sobretudo com a aceleração tecnológica, a busca por um trabalho digno e um ambiente saudável com saúde e segurança, salários valorizados, equidade e igualdade de oportunidades são mais que necessários”, afirmou.
Para ele, a reivindicação histórica por mais tempo livre ganha nova importância no contexto atual, marcado pela robotização e pela disseminação da inteligência artificial. “O anseio histórico dos assalariados por mais tempo livre é também uma resposta ao extraordinário avanço da produtividade do trabalho, traduzida na robotização e na disseminação da chamada Inteligência Artificial, que reduzem o tempo socialmente necessário para a produção de mercadorias e estão revolucionando o mercado de trabalho”, destacou.
Adilson Araújo defendeu ainda que a campanha nacional pelo fim da escala 6×1 e pela redução da jornada constitucional para 36 horas semanais, sem prejuízo salarial, precisa ganhar novo fôlego e centralidade no debate público.
“Trabalhar menos para que todos trabalhem e possam usufruir livremente mais tempo de vida além do trabalho”, afirmou o presidente da CTB, reforçando que a pauta do trabalho decente é essencial para impulsionar um processo de mobilização social e política em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora.