Por Professora Francisca
15 de outubro de 2025. Mais um Dia da Professora e do Professor, no qual governantes destacam a importância do trabalho das professoras e dos professores. Mas bem poucos atuam pela valorização da educação, especialmente da educação pública.
Boa parte dos governadores e dos prefeitos desprezam essa fundamental categoria para a difusão do conhecimento contra todo tipo de preconceitos. Como uma das profissões mais importantes, a docência exige também muita responsabilidade, mas esses governantes de direita, enxergam a educação como sem necessidade porque pode valorizar a mão de obra e assim os salários podem subir.
No Brasil, somos mais de 2,3 milhões, sendo mais de 1,8 milhão na rede pública. Em São Paulo, de acordo com a Secretaria do Estado da Educação, somos mais de 190 mil (já fomos mais) na rede oficial de ensino do estado. Cerca de metade desse contingente, trabalha com contrato temporário, ou seja, em condições precárias.
Mesmo os efetivos enfrentam gestões autoritárias, com cobrança de metas descabidas num ambiente escolar. Além de salários baixos, condições de trabalho ruins e escolas sucateadas no estado mais rico da nação, onde o governador corta verbas da educação pública, mas vaio a Brasília lutar contra a taxação dos bilionários, das bets e dos bancos, mas taxa as gorjetas dos garçons.
Não basta toda essa situação, as professoras e os professores vivem sob o medo pela difusão do ódio da extrema direita e pela absoluta falta de segurança nas escolas porque faltam funcionários de apoio, as salas estão superlotadas e a plataformização desrespeita a liberdade de aprender e ensinar.
Com tudo isso, as professoras e os professores são insubstituíveis no papel de mediadores nos processos de elaboração do conhecimento. São os docentes que proporcionam o aprendizado socioemocional e intelectual de cada indivíduo. Coisa que nenhuma máquina é capaz de fazer.
Então, valorizar as professoras e os professores é fundamental para a sociedade evolui tendo a educação como instrumento para o progresso e para o avanço do processo civilizatório.
Professora Francisca é diretora da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), secretária-adjunta de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e diretora da CTB-SP.