Neste 17 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, fez um forte apelo por uma nova ordem mundial mais justa e solidária, com foco no combate e erradicação da fome — problema que ainda atinge centenas de milhões de pessoas em todo o planeta.
“Combater e erradicar a fome no mundo deveria ser o objetivo fundamental da geopolítica mundial, mas infelizmente não é isto que ocorre”, afirmou Adilson.
Segundo dados recentes da ONU, 673 milhões de seres humanos enfrentaram a fome em 2024. O número reflete o agravamento das desigualdades sociais e os efeitos combinados de crises econômicas, conflitos armados e mudanças climáticas.
O presidente da CTB destacou que, como bem lembrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 12% do gasto militar global seriam suficientes para acabar com a fome no planeta — um contraste que revela as prioridades distorcidas das grandes potências.
“Ocupados com a corrida armamentista e a guerra comercial, os líderes do decadente Ocidente, a começar pelo atual chefe da Casa Branca, não têm sensibilidade com as tragédias que se abatem sobre os mais pobres, as camadas mais vulneráveis da classe trabalhadora”, criticou.
Para Adilson Araújo, enfrentar a fome exige mais do que políticas emergenciais de assistência: requer mudanças estruturais na geopolítica internacional, com a construção de uma nova ordem mundial baseada na cooperação, na justiça social e na soberania dos povos.
“O combate à fome é essencial, mas o sucesso desta nobre causa depende de transformações profundas nas relações internacionais e no modelo econômico vigente. Precisamos de um mundo onde o alimento seja um direito, não uma mercadoria”, reforçou.
A CTB reafirma seu compromisso histórico com a luta contra a fome, a desigualdade e o imperialismo, e apoia as iniciativas do governo brasileiro e de movimentos populares que defendem a segurança alimentar e o direito à vida digna para todos os povos.
“Um mundo sem fome é possível — e essa deve ser a maior bandeira da humanidade”, concluiu o presidente da CTB.


