O dia 25 de Outubro, Dia Internacional contra a Exploração da Mulher, é um marco de profunda reflexão e um chamado urgente à ação para toda a classe trabalhadora. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) reitera seu compromisso inegociável com a luta pela dignidade e emancipação das mulheres, enfrentando de frente as estruturas que perpetuam a exploração e a violência de gênero em nossa sociedade.
Exploração no trabalho: A dupla jornada e a desigualdade salarial
A exploração da mulher assume diversas faces, e no mundo do trabalho, ela é brutalmente visível. As trabalhadoras brasileiras continuam a enfrentar a chaga da desigualdade salarial, onde, mesmo exercendo as mesmas funções, recebem remunerações inferiores às dos homens. Além disso, recai sobre elas a pesada “dupla jornada”: o trabalho remunerado somado à responsabilidade quase exclusiva pelos afazeres domésticos e cuidados. Essa sobrecarga crônica não é uma escolha, é uma exploração estrutural que limita a ascensão profissional e impacta diretamente a saúde física e mental.
O sindicalismo classista na luta pela paridade
A CTB defende que o combate à exploração da mulher é um pilar central na construção de um país justo e soberano. Nossas ações e políticas se voltam para:
- Paridade salarial já: Luta intransigente pela aplicação efetiva de leis e acordos coletivos que garantam o fim da diferença de salário entre homens e mulheres.
- Combate ao assédio: Fortalecer os canais de denúncia e a formação de base para erradicar o assédio moral e sexual nos ambientes de trabalho, garantindo locais seguros e respeitosos.
- Valorização e compartilhamento de cuidados: Defender políticas públicas e ações sindicais que promovam a corresponsabilidade no cuidado, como creches públicas de qualidade e licença parental igualitária.
Responsabilidade coletiva
A exploração da mulher não é um problema apenas das mulheres, mas de toda a sociedade. A CTB convoca seus sindicatos, federações, confederações e, principalmente, todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil a se engajarem ativamente nesta jornada.
Construir ambientes de trabalho e uma sociedade livres de violência e exploração é uma tarefa coletiva. É preciso desnaturalizar o machismo, denunciar as desigualdades e lutar, lado a lado, por um futuro onde a igualdade de gênero seja a regra, e não uma exceção a ser celebrada em datas isoladas.
Nenhuma mulher a menos. Pela dignidade da classe trabalhadora!


