CTB repudia editorial da Folha e defende os Correios como patrimônio do povo brasileiro

Foto: divulgação.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) repudia veementemente o editorial publicado pela Folha de S.Paulo em 23 de outubro de 2025, que defende a privatização ou o fechamento dos Correios. Trata-se de mais um ataque da grande imprensa à soberania nacional e aos serviços públicos essenciais, revelando o desconhecimento e o preconceito de setores da mídia contra uma das empresas mais estratégicas e capilares do Brasil.

Os Correios cumprem um papel social, econômico e logístico de enorme relevância. Com presença em todos os 5.570 municípios brasileiros, a estatal garante cidadania, inclusão e integração nacional, atuando onde o setor privado não tem interesse em chegar. Sua importância é comprovada em momentos de crise e emergência, quando a iniciativa privada se ausenta e o Estado, através dos Correios, está presente para socorrer o povo.

Durante as enchentes no Rio Grande do Sul, em 2024, a empresa foi responsável por levar água, alimentos e mantimentos a comunidades isoladas. Na pandemia de Covid-19, garantiu a distribuição de vacinas, medicamentos e alimentos em todo o território nacional. Além disso, realiza iniciativas sociais fundamentais, como o tradicional Papai Noel dos Correios, e presta serviços de utilidade pública, como pagamento de benefícios e entrega de correspondências oficiais.

A CTB reafirma que os Correios devem permanecer 100% públicos e estatais, com investimento público e gestão eficiente, a fim de ampliar sua atuação, modernizar suas operações e continuar garantindo acesso e integração para toda a população. O faturamento anual superior a R$ 20 bilhões demonstra o potencial da empresa, que, com planejamento e recursos, pode se tornar ainda mais competitiva e referência internacional no setor postal e logístico.

“Os Correios são uma empresa essencial e estratégica para o Brasil. Nos momentos mais difíceis, é ela quem está presente, garantindo que a ajuda chegue ao povo. Por isso, defendemos que o Estado invista, reforce seu caráter público e assegure condições para que continue cumprindo sua missão social”, afirmou Douglas Melo, secretário de Imprensa e Comunicação da CTB.

O editorial da Folha, ao atacar uma empresa pública estratégica, desconsidera que o governo federal vem buscando fortalecer os Correios, com investimentos e empréstimos destinados à sua modernização. Essa resistência expressa interesses empresariais que não aceitam ver uma estatal forte, moderna e eficiente competindo em igualdade com o setor privado.

“A privatização dos Correios seria um erro histórico. O que o Brasil precisa é de mais investimento público, valorização dos trabalhadores e fortalecimento das empresas estatais. Os Correios são patrimônio do povo brasileiro e devem seguir a serviço da nação, não de interesses privados”, reforçou Ronaldo Leite, secretário-geral da CTB.

Para a CTB, privatizar os Correios seria desmontar um serviço essencial e colocar em risco a soberania e a integração nacional. O que o país precisa é do fortalecimento do setor público, da valorização dos trabalhadores e da ampliação dos serviços essenciais — e não da entrega do patrimônio nacional aos interesses do mercado.

Os Correios são um instrumento de cidadania e desenvolvimento, e sua defesa é dever de toda a classe trabalhadora. A CTB se soma à FINDECT, às entidades sindicais e à sociedade brasileira na luta por uma empresa pública forte, moderna e comprometida com o povo.

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