Ato unifica servidores das três esferas e exige a retirada da PEC 38, que ameaça o serviço público e entrega o Estado aos interesses privados
Milhares de servidores públicos municipais, estaduais e federais de todo o Brasil tomaram as ruas de Brasília, nesta quarta-feira (29), na Marcha Nacional contra a Reforma Administrativa, que tramita no Congresso sob o número PEC 38/2025. A mobilização unificou as três esferas do funcionalismo — municipal, estadual e federal — em defesa dos direitos dos trabalhadores e da preservação dos serviços públicos essenciais à população.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) esteve presente na manifestação, reafirmando seu compromisso histórico com a valorização do servidor público e a luta contra o desmonte do Estado. As entidades denunciaram que a proposta representa um retrocesso profundo, abrindo caminho para a privatização de áreas estratégicas e o enfraquecimento das políticas públicas.
“A Reforma Administrativa é a síntese de todas as maldades que vêm sendo praticadas desde 2016, quando subtraíram o mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff. Essa proposta representa a cartilha do mercado financeiro — uma cópia mal disfarçada dos seus interesses — e nada tem a ver com as necessidades do povo, que sente no bolso o preço do feijão e do arroz no supermercado”, afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Segundo ele, a PEC 38 é parte de um projeto de Estado mínimo que retira direitos, desmonta carreiras e entrega o patrimônio público ao setor privado.

“Eles querem, na verdade, vender o Estado brasileiro, transformando-o em um balcão de negócios para satisfazer os cofres dos banqueiros. Enquanto o mundo destina, em média, de 1,5% a 2% do orçamento para emendas parlamentares, aqui os sanguessugas consomem quase 20%. É um assalto descarado! E, para piorar, querem colocar essa conta nas costas do povo, retirando recursos da educação, da saúde e da moradia”, completou o dirigente.
Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os manifestantes marcharam pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, exigindo a retirada imediata da PEC 38 e o fortalecimento dos serviços públicos como instrumentos de inclusão, igualdade e justiça social.
“É hora de unirmos forças e resistirmos a mais esse ataque contra o nosso povo”, concluiu Adilson.
A CTB reafirmou que continuará mobilizada em conjunto com as demais centrais, entidades sindicais e movimentos populares para derrotar a proposta e garantir um Estado forte, democrático e comprometido com o bem-estar da população.


























