Prisão dos líderes golpistas fortalece a democracia e a soberania nacional

Por Adilson Araújo, presidente da CTB

A despeito da histeria da extrema direita e de pressões ilegítimas do imperialismo, os principais líderes da empreitada golpista que culminou no fatídico 8 de janeiro foram condenados e presos por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A lista é encabeçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, líder do neofascismo brasileiro cujo plano golpista previa o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Além de Bolsonaro, encarcerado em Brasília após uma burlesca tentativa de violar a tornozeleira eletrônica, vão amargar a prisão os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto (que continuará no xadrez), o almirante Almir Garnier e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

O Tribunal também determinou a prisão e a perda de mandato do deputado federal Alexandre Ramagem, que fugiu para os Estados Unidos e hoje conspira descaradamente contra os interesses nacionais, ao lado de Eduardo Bolsonaro, que virou réu do STF e será julgado por crime de coação no curso do processo e sua conduta traiçoeira nos EUA.

Decisão histórica

A decisão fortalece a democracia e deve ser também enaltecida como um ato de afirmação da soberania nacional e rejeição das ingerências inaceitáveis dos EUA em questões que só dizem respeito ao povo brasileiro, contra a independência e a autonomia do Poder Judiciário brasileiro. O fato histórico marca um divisor de águas.

É a primeira vez que militares de alta patente, que se consideravam intocáveis, respondem pelos seus crimes contra o povo, contra a democracia e contra a Constituição. O povo brasileiro anseia pelo fim da impunidade dos que se escondem atrás da farda para ameaçar o Estado Democrático de Direito e cometer barbaridades.

Bolsonaro tentou rasgar o voto popular, conspirou para impedir a posse de um presidente eleito e planejou usar as Forças Armadas como instrumento pessoal de poder. Foi um ataque frontal ao país. Apelou desavergonhadamente pelo apoio imperialista dos EUA, entregando a soberania nacional em troca de um golpe que só beneficiaria os donos do grande capital.

O Brasil pertence ao povo

Se o golpe não fosse detido, e agora punido, viveríamos hoje sob uma ditadura abertamente fascista, sujeitos a uma agenda cujo alvo principal seria a classe trabalhadora – sempre a primeira a perder direitos, renda e liberdade quando a extrema direita assume o controle do Estado pela força.

Prender os golpistas não é vingança: é justiça histórica. É afirmar que o Brasil pertence ao povo, e não aos militares golpistas, não aos aventureiros autoritários e seus patrocinadores no agronegócio e na Faria Lima, muito menos às potências estrangeiras. Defender a democracia, hoje, significa dizer em voz alta neste momento: golpistas na cadeia é caminho para um Brasil soberano, popular e verdadeiramente democrático.

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