São Paulo registra recorde histórico de feminicídios em 2025

Foto: Mídia Ninja.

Capital tem o maior número de casos desde 2015; CTB-SP cobra políticas urgentes de proteção e combate à violência de gênero

A cidade de São Paulo encerra 2025 com o maior número de feminicídios desde o início da série histórica, segundo dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP). Apenas entre janeiro e outubro, foram 53 mulheres assassinadas, superando todos os anos anteriores desde que o crime passou a ser contabilizado de forma específica, em 2015.

No estado, o cenário não é diferente: o primeiro semestre registrou 128 feminicídios, revelando uma escalada de violência que atinge mulheres de todas as idades, especialmente negras e periféricas.

Especialistas apontam que o aumento dos feminicídios está ligado à falta de políticas públicas robustas de prevenção, proteção e acolhimento. Delegacias da mulher funcionam de forma limitada, abrigos estão lotados ou sucateados, e campanhas educativas perderam força nos últimos anos.

Enquanto isso, medidas governamentais têm priorizado cortes na área social e discursos que minimizam a gravidade da violência de gênero, o que contribui para a impunidade e para o fortalecimento de práticas machistas e violentas.

CTB-SP: “Um Estado que não protege suas mulheres falha no básico”

A CTB-SP afirma que o recorde de feminicídios não é obra do acaso, é resultado direto de negligência governamental e ausência de políticas integradas entre segurança pública, assistência social, saúde e educação.

A Central defende um conjunto urgente de ações, incluindo:

  • fortalecimento das Delegacias da Mulher com funcionamento 24 horas;
  • ampliação de casas-abrigo e centros de acolhimento;
  • programas de prevenção e campanhas permanentes;
  • formação e capacitação para agentes públicos;
  • políticas de combate ao machismo estrutural;
  • apoio psicológico, social e econômico às vítimas e às famílias.

O recorde de feminicídios em 2025 expõe uma crise grave que exige respostas imediatas. A violência contra mulheres é uma emergência pública e social, e o Estado tem responsabilidade direta em preveni-la.
A CTB-SP seguirá denunciando a negligência governamental e mobilizando sindicatos, movimentos sociais e a sociedade para cobrar efetividade, proteção e justiça.

 

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