Mesmo sob forte chuva na manhã desta terça-feira (9), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) participou e ajudou a organizar, ao lado das demais centrais sindicais, um ato em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo. A mobilização, realizada na altura do número 1804, reuniu dezenas de trabalhadores, movimentos sociais e lideranças que reivindicam a redução imediata da taxa Selic — atualmente em 15% ao ano — e uma política monetária que estimule a produção, o emprego e o consumo no país.
A atividade integrou a campanha nacional “Natal sem juros”, que denuncia os impactos das taxas elevadas sobre o desenvolvimento econômico, o acesso ao crédito e a vida das famílias brasileiras.
CTB critica juros altos e reforça necessidade de mudança na política monetária
Durante o ato, o secretário-geral da CTB, Ronaldo Leite, destacou que a luta pela redução da taxa de juros é permanente e essencial para destravar investimentos e fortalecer a economia real.

“As centrais sindicais e os movimentos sociais, mais uma vez, estão aqui à porta do Banco Central reivindicando a baixa imediata da taxa de juros. Sabemos que essa é uma mobilização permanente, porque nós não podemos conviver com esta taxa de juros escorchante que prejudica a economia, os empregos de qualidade e impede que as empresas contratem crédito para funcionar e gerar novos postos de trabalho. Estamos aqui em São Paulo e em outros estados nesse ‘Natal sem juros’, porque é impraticável que esse Banco Central mantenha uma das mais altas taxas de juros do mundo.”
“Um trilhão por ano para os banqueiros”: concentração de riqueza é alvo de críticas
O vice-presidente da CTB, Ubiraci Dantas (Bira), também participou da manifestação e reforçou o impacto social da atual política monetária:

“Senhoras e senhores, são um trilhão de reais por ano que vai na mão dos banqueiros que não produz nada. Enquanto isso, falta uma série de necessidades para o nosso povo. E nós vamos continuar aqui. Tem gente que fala ‘o ato estava pequeno’, mas a Revolução Cubana começou com 11 caras e depois tomaram o poder. Vamos insistir, continuar lutando pela redução das taxas de juros, pelo desenvolvimento do nosso país, pela soberania nacional. E soberania requer salário digno, emprego digno, educação e saúde para o nosso povo.”
Mobilização nacional continua
As manifestações ocorreram simultaneamente em outras capitais do país, reforçando a pressão das centrais sindicais por uma política monetária que dialogue com os desafios da classe trabalhadora e com a necessidade de crescimento sustentável.
A CTB reafirma seu compromisso de seguir mobilizada, ao lado das demais centrais, para defender uma mudança urgente nos rumos do Banco Central e garantir um Brasil com desenvolvimento, justiça social e trabalho digno para todas e todos.










