A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) participou ativamente, neste domingo (14), de atos realizados na Avenida Paulista, em São Paulo, e em diversas capitais do país, em defesa da democracia e contra qualquer tentativa de anistiar os responsáveis pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. As mobilizações reuniram centrais sindicais, movimentos sociais e organizações populares, reforçando a pressão sobre o Senado para barrar o projeto aprovado na Câmara dos Deputados que altera a dosimetria das penas e pode abrir caminho para a impunidade.
Presente na manifestação, o secretário-geral da CTB, Ronaldo Leite, destacou que o ato expressa uma mobilização nacional clara contra o autoritarismo e em defesa da responsabilização dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado.
“Estamos aqui na Avenida Paulista, enquanto atos acontecem também por todo o país. De norte a sul do Brasil, o povo está dizendo com clareza: sem anistia para golpistas. O que aconteceu não foi um ato isolado, foi uma tentativa de golpe de Estado que atentou contra a democracia e que precisa ser responsabilizada”, afirmou.
Ronaldo Leite ressaltou ainda que a luta contra a anistia está diretamente ligada às principais reivindicações da classe trabalhadora, que seguem sendo deixadas de lado por setores do Congresso Nacional.
“Enquanto milhões de brasileiros enfrentam desemprego, jornadas de trabalho desumanas e dificuldades para sobreviver, setores do Congresso tentam proteger os golpistas. Por isso, a luta contra a anistia se soma à luta pelo fim da escala 6×1, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário e pela defesa dos direitos sociais”, completou.
O presidente nacional da CTB, René Vicente, também participou do ato e reforçou que a mobilização ocorre em defesa do Estado Democrático de Direito e contra ataques promovidos pelo Centrão à democracia brasileira.
“Estamos aqui na Avenida Paulista, mais uma vez, e em todas as capitais brasileiras, defendendo a democracia, o Estado de Direito e o Estado laico, contra esse ataque à democracia que o Centrão quer passar por meio da dosimetria. Nós somos contra e dizemos não à anistia. Aqueles que tentaram dar um golpe na democracia brasileira devem pagar pelo que fizeram”, afirmou.
René Vicente criticou ainda a inversão de prioridades no Congresso Nacional, que ignora as pautas urgentes da classe trabalhadora.
“Dizemos não a esse Congresso que deixa de lado a redução da jornada, o fim da escala 6×1, a valorização do trabalho e a distribuição de renda. É um absurdo o que o país paga de juros ao sistema financeiro. Reduzir a taxa Selic e investir no desenvolvimento do país deveria ser prioridade. Essa deveria ser a pauta do Congresso: os direitos da classe trabalhadora e o desenvolvimento com justiça social”, declarou.
O vice-presidente da CTB, Ubiraci Dantas, também esteve presente na mobilização e fez duras críticas à tentativa de transformar o Congresso em um instrumento de proteção aos golpistas.
“Estamos aqui contra a safadeza desses golpistas que querem transformar o Congresso Nacional em um espaço de impunidade. O que o Brasil precisa é colocar os golpistas na cadeia e investir no desenvolvimento do país, com redução dos juros, geração de emprego de qualidade, educação e uma vida digna para o nosso povo”, afirmou.
Para a CTB, a mobilização deste domingo reafirma o compromisso da Central com a defesa intransigente da democracia, da soberania nacional e dos direitos da classe trabalhadora, fortalecendo a luta contra a impunidade e por um projeto de país justo, desenvolvido e socialmente inclusivo.
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