As Centrais Sindicais brasileiras manifestam apoio incondicional à greve dos petroleiros, que tem início nesta segunda-feira, 15 de dezembro de 2025.
Após semanas de assembleias realizadas em todo o país, a última proposta apresentada pela Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) — que prevê apenas 0,5% de aumento real, além de tentativas de retirada de direitos — representa uma vergonha para uma empresa desse porte e dessa importância estratégica para o Brasil.
Ao mesmo tempo, no último período, foram registrados aumento da produção e crescimento expressivo dos lucros, assegurando aos acionistas dividendos que se aproximam de R$ 100 bilhões — recursos que não são revertidos de forma justa aos trabalhadores e trabalhadoras que sustentam a Petrobras.
Esse contraste torna a situação ainda mais incoerente e espantosa, sobretudo porque são esses profissionais que, mesmo em meio a crises e instabilidades econômicas, garantem resultados recordes, com uma produção que chega a 4 milhões de barris de petróleo por dia.
A postura intransigente da empresa é ainda mais grave por se tratar de uma empresa nacional, estratégica e patrimônio do povo brasileiro.
Em meio à campanha salarial, essa atitude não deixa aos trabalhadores e trabalhadoras outra alternativa senão o início de uma greve nacional.
Por tudo isso, reafirmamos nosso total apoio à Greve Petroleira e reivindicamos:
- Aumento real significativo, já;
- Nenhum direito a menos e atendimento imediato das reivindicações.
São Paulo, 14 de dezembro de 2025
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Sônia Zerino, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
Atnágoras Lopes, secretário executivo da CONLUTAS
Nilza Pereira de Almeida, secretária Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor


