Adilson Araújo denuncia ofensiva imperialista e defende unidade dos povos em pronunciamento em Caracas

Em pronunciamento realizado em Caracas, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, fez uma contundente análise do cenário internacional e reafirmou a centralidade da luta anti-imperialista como eixo estratégico da classe trabalhadora na defesa da soberania, da autodeterminação dos povos e da paz mundial.

Segundo Adilson, a ofensiva imperialista segue no centro da luta de classes no continente americano e no mundo, tendo como principais vítimas históricas os povos da América Latina e do Caribe. Ele destacou que, diante da crise do imperialismo, especialmente dos Estados Unidos, as agressões neocolonialistas se tornaram ainda mais abertas, arrogantes e perigosas. “Nossa América segue sendo tratada por Washington como quintal ou extensão do seu próprio território”, denunciou.

O dirigente sindical apontou que, com Donald Trump novamente à frente da Casa Branca, os Estados Unidos vivem um momento de “imperialismo sem máscara”, marcado pela retomada explícita da doutrina Monroe, que prega o domínio estadunidense sobre o continente. Essa postura, segundo ele, se expressa na nova estratégia de segurança dos EUA e em ações concretas, como a imposição de tarifas arbitrárias ao Brasil, ameaças militares ao Panamá, o recrudescimento do bloqueio criminoso contra Cuba e as provocações contra Venezuela e Colômbia.

Adilson Araújo reafirmou a solidariedade da CTB aos povos e aos governos de Cuba, Venezuela e Colômbia, alvos constantes de chantagens, mentiras e pressões do imperialismo. Para ele, a luta contra o imperialismo está diretamente ligada ao enfrentamento da extrema direita no continente, que atua como “quinta coluna” de Washington, defendendo intervenções externas e políticas antipopulares. “Derrotar o imperialismo pressupõe derrotar a extrema direita, desafio central da classe trabalhadora e das forças democráticas”, afirmou.

O presidente da CTB também analisou o processo de crise e transição geopolítica em curso no mundo, marcado pelo declínio relativo do poder econômico dos EUA e do chamado G7 e pela ascensão da China e do BRICS, que já superou o bloco das potências ocidentais em participação na economia global. Segundo ele, esse deslocamento do eixo econômico e político mundial abre perspectivas promissoras para os países do Sul Global, embora intensifique as tensões internacionais.

Na contramão desse movimento histórico, Adilson alertou que os EUA insistem em preservar sua hegemonia por meio de ameaças, bravatas, protecionismo e militarização, alimentando uma transição geopolítica conturbada, marcada pela corrida armamentista, pelo risco de guerras e pela escalada do neonazismo e da extrema direita em várias partes do mundo.

O dirigente também relacionou a crise internacional à desvalorização do trabalho, ao avanço da precarização, da confirmação da uberização e ao crescimento da fome e das desigualdades globais. Citou dados que apontam milhões de pessoas passando fome enquanto os gastos militares atingem cifras trilionárias, evidenciando, segundo ele, a irracionalidade da ordem imperialista vigente.

Ao abordar os conflitos internacionais, Adilson condenou o genocídio do povo palestino em Gaza, defendeu o direito à autodeterminação da Palestina e criticou a guerra por procuração na Ucrânia, resultado da expansão da OTAN. Para o presidente da CTB, esses conflitos expressam o esgotamento de um sistema que aprofunda a barbárie e ameaça a própria sobrevivência da humanidade.

Encerrando sua intervenção, Adilson Araújo reforçou que a defesa da paz, da soberania nacional e dos direitos da classe trabalhadora são lutas inseparáveis. “A agenda do imperialismo e da extrema direita é antipatriótica, antidemocrática e antioperária. Cabe aos trabalhadores e trabalhadoras organizar a resistência e construir um novo projeto de integração solidária entre os povos”, concluiu.

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