Vigilantes pressionam empresas de transporte de valores no Pará: categoria pode deflagrar greve

Foto: CTB.

O Sindicato dos Trabalhadores em Carro-Forte, Transporte de Valores e Escolta Armada do Estado do Pará (SINDFORTE-PA), com apoio da Federação dos Vigilantes do Norte e Nordeste (Fesvine-PS) e da Contrasp, realizou na manhã desta quarta-feira (9) mobilizações em frente às empresas Prosegur, Brink’s e SAGA. A ação tem como objetivo pressionar o patronato a avançar na negociação da pauta reivindicatória da categoria.

Após dez rodadas de negociação, os trabalhadores ainda enfrentam forte resistência, principalmente por parte da Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV), que tem dificultado o fechamento de um acordo. Diante do impasse, os vigilantes não descartam a possibilidade de paralisar as atividades.

Na quinta-feira (10), o sindicato realizará uma assembleia com a categoria para discutir os próximos passos. Já na sexta-feira (11), a proposta deliberada será levada para a mesa de negociação.

“Algumas empresas já sinalizaram positivamente ao nosso pleito, especialmente no que diz respeito ao ticket alimentação natalino. No entanto, a ABTV insiste na velha desculpa de que o cenário econômico não é favorável. Sabemos que isso não condiz com a realidade. As empresas têm condições de atender à nossa pauta”, afirmou Jonh Carvalho, presidente do SINDFORTE-PA, vice-presidente da Fesvine-PS e presidente estadual da CTB-PA.

Segundo Carvalho, a categoria não aceitará retrocessos. “Exigimos que os reajustes estejam, no mínimo, dentro do índice inflacionário. Qualquer percentual abaixo disso representa perdas reais para os trabalhadores.”

A proposta dos patrões oferece reajuste de 4,73%, enquanto os trabalhadores reivindicam 5%, além da manutenção dos cinco tickets natalinos extras, somando um total de 20 até 20 de dezembro. Sobre a cartela cheia, o patronato oferece R$ 44,50, mas os trabalhadores exigem R$ 45,00.

O sindicato, a Fesvine-PS e a Contrasp seguem insistindo na negociação para evitar o recurso ao dissídio coletivo. As entidades lamentam a postura da ABTV, que alega que a decisão é tomada em nível nacional. No entanto, segundo Carvalho, este já é o terceiro ano consecutivo em que a entidade participa das negociações, e nos dois anteriores não houve esse tipo de justificativa. A data-base da categoria é março.

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