10 de setembro – Dia Mundial de Prevenção do Suicídio: defender a vida é também lutar contra a exploração e pela valorização da classe trabalhadora

Neste 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, o alerta sobre a importância da saúde mental ganha ainda mais força. A campanha do Setembro Amarelo ressalta que o cuidado psicológico deve receber a mesma atenção dada à saúde física — especialmente no ambiente de trabalho, onde condições precárias podem se tornar gatilhos para o adoecimento.

Para a secretária de Saúde da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Dany Moretti, é urgente avançar em políticas públicas que garantam não apenas a prevenção, mas também a promoção do bem-estar dos trabalhadores.

“Setembro Amarelo nos lembra que a saúde mental deve ser tratada com a mesma seriedade que a saúde física. No ambiente de trabalho, isso se traduz em criar condições que não apenas previnam doenças, mas que também promovam o bem-estar geral dos funcionários”, afirmou.

Ela lembrou que, mesmo com a existência de normas regulamentadoras, ainda há entraves para que avanços efetivos aconteçam. “Temos hoje um anexo da NR 1 que ainda não está em prática por enrolação da bancada patronal na CTPP. As normas, quando aplicadas, ainda são limitadas e, muitas vezes, insuficientes. Não há EPI ou EPC capazes de proteger contra o adoecimento mental e psicológico provocado por relações de trabalho ou por qualquer situação que retire a dignidade do trabalhador”, criticou.

Para enfrentar o problema, Moretti defende um esforço conjunto entre órgãos públicos e entidades representativas:

“Acreditamos que precisamos apostar no Ministério da Saúde e em políticas públicas de saúde do trabalhador e da trabalhadora, que impactam diretamente nos ambientes de trabalho. O SUS deve atuar com ações da vigilância em saúde, dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador, em parceria com os sindicatos. Porque nada sobre nós sem nós. É preciso também envolver instâncias como os ministérios da Previdência e do Trabalho para responder às necessidades da classe trabalhadora”, destacou.

Assim, no Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, a CTB reforça que defender a vida é também lutar contra a exploração e pela valorização da classe trabalhadora.

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