Por Adilson Araújo, presidente da CTB
Ao longo dos últimos dias o mundo tem sido palco de vigorosas manifestações contra o genocídio em curso na Faixa de Gaza, que completou dois anos nesta terça-feira, 8 de outubro.
Os números do massacre patrocinado pelo governo sionista liderado pelo neonazista Benjamin Netanyahu em retaliação aos ataques do Hamas contra Israel são dramáticos.
Números da tragédia
Mais de 67 mil palestinos e palestinas já perderam a vida em Gaza desde 2023, de acordo com dados recentes de organizações internacionais.
O detalhe assustador é que a grande maioria são civis, sendo que mulheres e crianças compõem em torno de 70% do total. Estima-se que pelo menos 20 mil menores foram assassinados.
Além disso, há centenas de milhares de pessoas feridas — com ferimentos físicos, traumas psicológicos, perdas de lares, perdas de infraestrutura hospitalar, escolas destruídas —, indicando sequelas que se estenderão por muito tempo.
Fome como arma de guerra
Diante dos olhos e apelos impotentes da ONU, o Estado Terrorista de Israel usa a fome como arma de guerra, bloqueando e interrompendo o envio e acesso a alimentos, água, remédios e outros bens essenciais.
Tudo isso tem sido feito de modo deliberado com o propósito causar sofrimento à população civil.
Cumplicidade imperialista
Em que pese o crescente isolamento do governo de extrema direita de Israel, o genocídio em curso é respaldado pelos Estados Unidos com a complacente subserviência de algumas potências europeias.
As mãos dos imperialistas de Washington também estão manchadas com o sangue inocente das crianças e mulheres inocentes assassinadas pelos sionistas na Faixa de Gaza.
Nova ordem mundial
O horror em Gaza é um atestado da falência da ordem mundial instituída após a Segunda Guerra sob a hegemonia dos Estados Unidos, à época a maior potência industrial do mundo.
Reflexo da indignação e revolta que toma conta do mundo neste momento, os atos contra o genocídio ecoam uma exigência dos povos: é hora de dar um basta no genocídio e reconhecer o sagrado direito do povo palestino à autodeterminação e Estado da Palestina.
É preciso, neste mesmo caminho, intensificar a luta por uma nova ordem mundial fundada no efetivo multilateralismo, orientada para a solução pacífica de eventuais conflitos internacionais, o desenvolvimento soberano e compartilhado das nações e a prevalência da civilização sobre a barbárie.