Por Altamiro Borges
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Charge: Kíke/Cartoon Movement |
Na quarta-feira passada (8), o Congresso da Argentina limitou as decisões unilaterais do ditador Javier Milei ao aprovar uma lei que veta os famigerados “decretos presidenciais de necessidade e urgência”. Sua derrota foi acachapante – 140 votos a 80, e 17 abstenções. Desde que assumiu, em dezembro de 2023, o neofascista já assinou mais de 70 decretos. A sua principal opositora, a peronista de centro-esquerda Cristina Kirchner, assinou 78 em seus dois mandatos (2007-2015), e o ex-presidente de direita Mauricio Macri baixou 71 em quatro anos (2015-2019).
Envolvimento com o narcotráfico
Com mais essa derrota no parlamento, Javier Milei tem seus poderes ditatoriais reduzidos, o que pode acelerar ainda mais sua crise política. Como lembra a agência de notícias AFP, o queridinho da mídia rentista do continente “sofre a pressão das turbulências financeiras, os escândalos em seu partido e os bloqueios do Congresso a seus vetos para um aumento do financiamento da educação e da saúde, entre outros. No próximo dia 26 de outubro, ele vai enfrentar as eleições de meio de mandato, que renovarão metade da Câmara e um terço do Senado”.