CTB realiza ato em São Paulo contra juros altos do Banco Central

Foto: Marcela Rodrigues-CTB.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ao lado das centrais CUT, Força Sindical, UGT, NCST e CSB, realizou na manhã desta terça-feira (4) um ato em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, para denunciar a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano. As entidades alertaram que os juros altos travaram o crescimento econômico, dificultaram a geração de empregos e aprofundaram as desigualdades sociais no país.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, enfatizou que a política de juros praticada pelo Banco Central “é uma escolha política que serve aos rentistas e aos bancos, e não ao povo brasileiro”.

O presidente da CTB-SP, Renê Vicente, também destacou que não existe justificativa econômica para a manutenção da taxa em patamar tão elevado.

“Não há inflação descontrolada, não há cenário de emergência. A única justificativa para manter a taxa em 15% são os interesses de quem lucra com dinheiro parado. Uma taxa tão alta prejudica a indústria, freia o consumo das famílias e compromete toda a economia. Não podemos permitir que os interesses dos grandes bancos estejam acima das necessidades do povo brasileiro”, declarou Renê.

“Infelizmente, vivemos em um país onde a concentração de renda é brutal. O 1% mais rico tem renda média 36 vezes maior do que a dos 40% mais pobres, enquanto metade da população detém apenas 2% do patrimônio nacional. Essa política de juros altos favorece a especulação financeira e impede que o povo tenha acesso a trabalho e renda. Estamos lutando por um projeto nacional de desenvolvimento que valorize o trabalho, distribua renda e fortaleça a soberania nacional”, disse Renê.

Já o secretário-geral da CTB, Ronaldo Leite, reforçou que a luta seguirá com mobilização popular e unidade das centrais.

“Se queremos enfrentar os interesses dos bancos, é preciso colocar o povo na rua. Estamos num momento de acumulação de forças, mas será a unidade da classe trabalhadora que permitirá avançar para grandes jornadas, exigindo a redução imediata da taxa de juros e a retomada do desenvolvimento com geração de empregos e valorização do trabalho”, afirmou.

O ato desta terça-feira fez parte de uma agenda nacional de pressão para que o Banco Central reduza a Selic e contribua para uma política econômica voltada ao desenvolvimento, soberania e justiça social.

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