CTB participa de agenda em Paranaguá para discutir PL 733 e acordo nacional das federações

O secretário-adjunto de Políticas para a Economia do Mar da CTB, José Antunes, participou nesta quarta-feira (19) de uma agenda em Paranaguá ao lado do presidente João Fernando da Luz, do Sindicato dos Estivadores, e de dirigentes da Frente Intersindical de Paranaguá, durante o programa Voz do Trabalhador, transmitido pela Rádio Massa FM. A comitiva foi recebida pelo ex-prefeito José Baka Filho, pelo diretor de Assuntos Jurídicos da CTB-PR, Dr. Manoel Barbosa, e pelo dirigente Fabiano Gutierrez, do Sindicato dos Arrumadores.

O encontro teve como objetivo fortalecer a atuação unificada dos trabalhadores portuários, discutir o PL 733/2025 e avaliar o avanço do acordo nacional das federações do setor.

O que é o PL 733/2025?

O Projeto de Lei 733/2025 trata da possível desestatização de portos e da reformulação das relações de trabalho nos terminais portuários, atingindo categorias como estivadores, arrumadores, conferentes, consertadores, vigias portuários e demais trabalhadores vinculados ao OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra).

Entre os pontos de maior preocupação estão:

  • autorização para novos modelos de gestão portuária e ampliação de concessões privadas;

  • alterações na Lei dos Portos que podem flexibilizar regras de contratação de trabalhadores avulsos;

  • mudanças estruturais nos OGMOs, com risco de enfraquecimento do modelo atual;

  • maior autonomia das operadoras privadas para contratar mão de obra, reduzindo a mediação sindical;

  • possibilidade de precarização e perda de direitos históricos.

Para a CTB e demais entidades do setor, o PL ameaça a organização que garante segurança, qualificação e distribuição equitativa do trabalho nos portos.

Acordo nacional das federações está consolidado

Durante o encontro, os dirigentes destacaram que o acordo nacional das federações portuárias já está consolidado, após amplo debate interno. A proposta foi aprovada em plenária conjunta das entidades, incluindo federações e sindicatos de base, e está sendo negociada com o setor patronal.

Esse acordo deverá substituir integralmente a parte do PL 733/2025 que trata da relação capital x trabalho, assegurando:

  • preservação dos direitos das categorias de trabalhadores portuários avulsos (TPAs);

  • manutenção e fortalecimento dos OGMOs;

  • garantia da atividade da guarda portuária;

  • proteção da régua salarial e das normas de segurança;

  • afastamento das Empresas Prestadoras de Trabalho Portuário, que poderiam introduzir terceirização e ampliar a precarização nos portos.

Discussões em Paranaguá

Os dirigentes ressaltaram que:

  • o PL 733/2022 coloca em risco a estabilidade e a organização histórica das categorias portuárias;

  • é essencial fortalecer o diálogo com parlamentares para impedir retrocessos;

  • o acordo nacional representa uma alternativa sólida, construída de forma coletiva e democrática;

  • Paranaguá, pela sua relevância econômica, é estratégico para ampliar a mobilização nacional dos trabalhadores.

José Antunes enfatizou que fortalecer a Economia do Mar é fundamental para um projeto de desenvolvimento nacional soberano. Segundo ele, isso exige “trabalhadores valorizados, direitos preservados e políticas públicas que garantam emprego decente nos portos”.

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