O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Polícia Federal (PF). A determinação ocorreu poucas horas depois de o senador Flávio Bolsonaro convocar uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, o que, segundo a PF, representava risco real à ordem pública e criava um ambiente propício para novas mobilizações de caráter golpista.
Bolsonaro foi detido por volta das 6h, conduzido inicialmente à sede da PF e depois transferido para a Superintendência, onde permanece em sala de Estado, como previsto para ex-presidentes. Ele passou por exame de corpo de delito ainda pela manhã. A PF confirmou o cumprimento do mandado e destacou que a medida é cautelar, independente da condenação do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado, que ainda aguarda trânsito em julgado.
Para o STF e a Polícia Federal, a convocação da vigília — em um momento já sensível, às vésperas do início do cumprimento da pena — reacendia o risco de agitações antidemocráticas semelhantes às que marcaram os últimos anos. Desde 4 de agosto, Bolsonaro já estava em prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares e por usar perfis de aliados e familiares para incentivar ataques às instituições e promover narrativas antidemocráticas.
A CTB considera que a prisão preventiva representa um passo importante para a proteção das instituições e da soberania popular. A Central avalia que o país vive um momento decisivo de reconstrução democrática, no qual garantir que tentativas de ruptura não voltem a ameaçar a República é condição essencial para a estabilidade política e para a defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Ao responder com firmeza a novos sinais de mobilização golpista, as instituições brasileiras mostram — na avaliação da CTB — que não haverá complacência com ações que busquem subverter a Constituição. A Central destaca que a responsabilização de Bolsonaro e de todos os articuladores de ataques às instituições é fundamental para que o Brasil avance com segurança rumo a um ambiente político baseado no respeito às regras democráticas, na convivência civilizada e no Estado de Direito.
A CTB seguirá acompanhando o desdobramento do caso e reafirma seu compromisso histórico com a democracia, a justiça social e a defesa intransigente dos direitos da classe trabalhadora.


