Os servidores do Programa Saúde da Família (PSF) de Salvador, com vínculos precários de trabalho há cinco anos, irão paralisar suas atividades por 48 horas, a partir nesta segunda-feira (25), quando será realizada uma manifestação em frente à prefeitura. A decisão foi tomada em assembleia, na manhã da última sexta-feira (22).
Os trabalhadores reivindicam da prefeitura o pagamento do salário do mês de dezembro de 2012, reajuste compatível com as perdas salariais dos últimos cinco anos e a garantia dos direitos trabalhistas como INSS, FGTS, PIS/PASEP e 1/3 de férias.
A paralisação atinge cerca de 1,4 mil profissionais que serão demitidos. Os servidores terceirizados do PSF se encontram numa espécie de “limbo administrativo”, e estão regidos pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a prefeitura e o Ministério Público do Trabalho, expirado desde 2008. Com a paralisação, a assistência à atenção básica nos postos do PSF, que já apresenta baixíssima cobertura (cerca de 13% da população), será ainda mais prejudicada.
O atendimento encontra-se precarizado devido ao déficit de profissional e as péssimas condições de trabalho. Mesmo com seus vínculos precarizados, os servidores clamam por melhores condições de trabalho, alegando total abandono da saúde por parte dos governos, até aqui, sem solução. Com a greve dos trabalhadores da higienização (terceirizados), a situação ainda é mais greve. Faltam profissionais e materiais mínimos para prestar atendimento à população.
Fonte: Sindsaúde-BA