Patrões negam valorização da categoria comerciária gaúcha

Apenas reposição da inflação e redução de direitos foi a proposta apresentada pelos patrões em reunião de dissídio coletivo realizada na quarta-feira (24), em Porto Alegre, entre Fecosul e Fecomércio. No entanto, a Campanha Salarial Unificada da Fecosul e Sindicatos filiados tem o lema “Vender dá Trabalho e o Trabalho tem que ser Valorizado”, pede reajuste de 12% para os salários e piso mínimo de R$ 880,00, e mais avanços nas cláusulas sociais.

Descabida e fora do contexto econômico é como a diretoria da Fecosul e os componentes da comissão de negociação definem a proposta patronal. Os diretores reunidos, após a conversa com os representantes dos patrões, concluíram ainda que os empresários do comércio insistem em manter uma política de arrocho e falta de reconhecimento da dedicação e esforço da categoria comerciária. “A categoria que é responsável pelo crescimento do comércio que em 2012 foi acima de 9%, não é valoriza pelos patrões. Os empresários do comércio continuam na contramão do crescimento econômico que para este ano tem perspectiva de mais crescimento para o setor, além da forte safra agrícola que também contribui para o desenvolvimento e para o impulso das vendas no comércio”, registra Guiomar Vidor, presidente da Fecosul.

“Além de não reconhecerem o papel do importante do trabalhador, os empresários fazem proposta contrária a condição econômica e às reais necessidades dos trabalhadores. Eles oferecem apenas repasse da inflação, que corresponde a 6,77%, e piso mínimo da categoria de R$ 785,00, valor bem inferior ao já garantido piso mínimo estadual que é de R$ 805,59. Como se não bastasse ainda propõe reduzir direitos como auxílio creche, quinquênio, férias, e ainda ampliar banco de horas e o intervalo intrajornada”, completa Vidor.

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Para a Fecosul diante da atual postura patronal somente a mobilização e a luta unificada dos comerciários do Rio Grande do Sul poderá romper com esta intransigência e trazer avanços concretos. A Fecosul defende 12% de reajuste para os salários, fim do banco de horas, 40 horas semanais, licença maternidade de 180 dias, descanso aos domingos e feriados.
A Federação que já lançou a campanha salarial no dia 10 de abril, com grande ato em Porto Alegre, vai iniciar as mobilizações regionais atingindo inicialmente os sindicatos com data-base em março e abril. As atividades começam no dia 10 de maio na região noroeste, com manifestação na parte da manhã em São Luiz Gonzaga, e na parte da tarde em Ijuí, onde o ato será encerrado com grande assembleia dos trabalhadores no comércio. 

Vidor destaca ainda a importância de que todos os sindicatos intensifiquem o processo de mobilização da campanha salarial e comuniquem todas as atividades e negociações coletivas para a Secretaria Geral da Fecosul para que a comissão de negociação possa dar suporte no processo.

Fonte:  Fecosul

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