A Federação de Educadores do Paraguai (FEP) anunciou na quarta-feira (7) a decisão de sitiar a cidade de Assunção nos dias 14 e 15 de agosto, durante os atos oficiais de troca de governo como uma medida complementar a greve que mantêm para reivindicar a lei de aposentadoria e pagamentos atrasados de centenas de professores que não recebem há meses.
Uma assembleia geral dos docentes, que reuniu 130 presidente das comissões diretivas de todo o país, assegurou que 15 mil educadores sitiarão o centro da capital paraguaia para dar dar as “boas-vindas” ao governo de Horácio Cartes.
Apoiados por outras organizações, os manifestantes mantêm sem aula mais de 40% das escolas e se negaram a aceitar novas promessas de funcionários e legisladores sobre futuras soluções para suas demandas.
A FEB esteve disposta a suspender a paralisação se as comissões permanentes do Congresso aprovasse o projeto de lei que contemple suas reivindicações para garantir o debate na plenária, o que não ocorreu. Os docentes ratificaram as mobilizações massivas no centro de Assunção coincidindo com os atos de posse do presidente eleito, Horácio Cartes.
O secretário-geral da federação explicou a ação dos professores como uma forma de pressionar o Executivo e acusou os parlamentares de não se importarem com o prejuízo que estão causando para a educação.
Na quarta realizou-se um protesto em frente ao ministério da Educação e continuarão as ações de rua até a grande mobilização nos dias 14 e 15 de agosto.
Fonte: Prensa Latina