O mundo perdeu nesta sexta-feira (3), uma das figuras mais importantes e emblemáticas do século 20. Muhammad Ali faleceu em consequência do Mal de Parkinson, com o qual conviveu por mais de 30 anos.
Ele nasceu Cassius Clay, em Lousiville, no Estados Unidos. Aderiu ao Islã e então mudou de nome em protesto ao racismo norte-americano. Foi amigo de Malcolm X, sendo preso por negar-se a lutar no Vietnã.
“Não, eu não vou 10 mil milhas de casa para ajudar a assassinar e queimar outra nação pobre para continuar a dominação dos senhores de escravos. Este é o dia em que esses males devem chegar a um fim. O verdadeiro inimigo do meu povo está aqui”, disse então.
Com um estilo irreverente e expansivo, Ali tornou-se um dos maiores ídolos do boxe mundial. Não deixava passar em brancas nuvens o racismo de seu país, que denunciava o tempo todo. Sempre dizia “black is beaultiful” (negro é lindo). E se dizia lindo.
Criticava o pouco espaço dado aos negros nos EUA e a segregação. “Eu sei que alcancei meus objetivos enquanto a massa de pessoas negras está presa no inferno. Mas enquanto elas não continuarem livres, eu não serei livre”, afirmava.
Também dizia que “eu sou a América. Eu sou a parte que você não vai reconhecer. Mas se acostume comigo. Preto, confiante, arrogante; meu nome, não o seu; minha religião, não a sua; meus objetivos; se acostume comigo”.
Além de se destacar no boxe, por sua técnica única e refinada, Ali atacava o status quo e a hipocrisia racista de seu país, defendendo direitos iguais para os negros e negras.
Sua vida foi narrada em documentários e longas nas telonas do cinema, tamanha a importância de Ali para a elevaçaõ da autoestima nos afro-americanos.
Assista Eu Sou Ali – A História de Muhammad Ali, de Clare Lewins, de 2014. E conheça um pouco da performance e da vida desse ser humano ímpar na história.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy