O candidato Jair Bolsonaro (PSL), que não participa de debates com o seu oponente Fernando Haddad (PT), já começa a causar desemprego. Ao conceder entrevista, nesta terça-feira (23), por telefone ao programa Bom dia, da Rádio Guaíba, de Porto Alegre, impediu que jornalistas fizessem perguntas.
“Nós poderíamos dizer que o candidato nos censurou?”, questionou o jornalista Juremir Machado da Silva ao final da entrevista. O apresentador do programa Rogério Mendelsk, da rádio, que pertence à Rede Record, de Edir Macedo, tentou explicar que Bolsonaro se comprometeu a responder as perguntas formuladas somente por ele, mas não convenceu.
“O silêncio de vocês foi uma condição do candidato”, afirmou Mendelski. Já Silva respondeu que achou “humilhante e, por isso, estou saindo do programa. Foi um prazer trabalhar aqui por dez anos” e se demitiu ao vivo.
Assista o pedido de demissão e a tentativa frustada de explicar a censura
Edir Macedo censura
O site Intercept Brasil publicou no sábado (8) uma denúncia sobre pressão feita pelo site R7, do grupo de Edir Macedo, impedindo os profissionais e publicarem qualquer matéria negativa a Bolsonaro.
Luciana Barcellos, chefe de redação do principal programa de notícias do portal, pediu demissão, na quinta-feira (13). O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo também denuncia que jornalistas da Record reclamam da pressão que o bispo da igreja Universal exerce para atacarem Fernando Haddad e elogiarem Jair Bolsonaro.
Portal CTB