Gustav: Cuba não perdeu uma só vida humana

O impacto direto do potente furacão Gustav, com ventos máximos sustentados de 240km/h e rajadas superiores aos 300km/h, ocasionou inúmeros prejuízos na Ilha da Juventude, Pinar del Río e Havana. Contudo, o mais importante é que não se perdeu uma só vida humana, segundo informou o espaço da rádio e televisão Mesa-Redonda Informativa de 31 de agosto, onde autoridades do Estado-Maior Nacional da Defesa Civil, dos Conselhos de Defesa das províncias atingidas, e dirigentes de organismos, avaliaram os principais estragos em cada território e os trabalhos da recuperação.

Segundo o coronel Miguel Ángel Puig, chefe do Departamento de Operações do Estado-Maior Nacional da Defesa Civil, o fato de não ter que lamentar a morte de uma só pessoa demonstra mais uma vez a firme decisão política da Revolução na hora de preservar a integridade física dos cidadãos frente às contingências da natureza.

Danos

Segundo cifras preliminares enunciadas por Puig, apenas se reportaram 19 feridos sem risco para a vida, enquanto o total de pessoas protegidas atingiu 467 mil, das quais, cerca de 61 mil foram transferidas para albergues. Os 77 % dos evacuados moram em Pinar del Río, na Ilha da Juventude e nas províncias de Havana e da Cidade de Havana.

Qaunto aos danos ao serviço eléctrico, Vicente La O, diretor-geral da União Elétrica, disse que neste setor os maiores estragos foram também na Ilha da Juventude e em Pinar del Río, sobretudo nos municípios de Los Palacios, Consolación del Sur, Bahía Honda, Candelaria e San Cristóbal, os mais próximos da trajetória do centro do ciclone Gustav.

Apontou que no território da Ilha da Juventude 100% do circuito elétrico foi estragado, portanto, será necessário reconstruí-lo, sendo ali a situação muito complexa.

No caso particular de Pinar del Río, Vicente La O disse que 136 torres de alta tensão tinham sido abatidas pelos fortíssimos ventos, além de outras doze das linhas de 110W.

De maneira particular, destacou o trabalho dos mais de 500 geradores de emergência instalados na província que fica no extremo oeste do país, para apoiar o funcionamento dos serviços básicos.

Otimismo revolucionário

"Na capital, os prejuízos foram inferiores, havendo apenas queda de árvores e ramos. Praticamente não restavam pessoas evacuadas, o serviço de gás canalizado estava quase completamente restabelecido, e 80% dos circuitos elétricos funcionavam já à tarde", indicou David Lahera, membro do Conselho de Defesa Provincial.

Durante a Mesa-Redonda, conseguiram ligar para Olga Lidia Tapia Iglesias, e Ana Isa Delgado, presidentas dos Conselhos de Defesa em Pinar del Río, e na Ilha da Juventude, respectivamente, que, após avaliar a devastação deixada pelo furacão, destacaram a confiança do povo na Revolução e o otimismo dos povoadores que, em massa, já se incorporam aos trabalhos da recuperação. (Orfilio Peláez, para o Granma) •

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