Petrocasas, jóia de plano venezuelano de moradias

A projeção busca terminar com um déficit estimado por diversas fontes de 1,5 até dois milhões de casas numa população que supera os 28 milhões de habitantes e segue aumentando, ainda que com diminuição da taxa de crescimento.

Este plano significa um salto considerável, a partir das 82 mil 200 moradias construídas em 2007, das quais 65 mil 339 foram levantadas com planos governamentais, para um decrescimento em relação com 2006 quando se levantaram 86 mil.

A sustentação oficial se inclui num programa de desenvolvimento industrial que abarca um bilhão de dólares para o estímulo da produção só em 2008-2009 e a construção de 200 plantas de diversas índoles num denominado plano de fábricas socialistas.

Junto a isso conta com uma melhor utilização da siderúrgica e do cimento, a partir de sua recente nacionalização, e evitar deformações como a de 2007 quando se exportou 70 por cento da produção de cimento, enquanto se registrou déficit no país.

O plano de desenvolvimento industrial põe ênfase particular na indústria petroquímica, sobre a base de uma reserva de 312 bilhões de barris de petróleo e uma produção de 3,3 milhões de barris diários.

Este ramo é de particular importância para um plano que centra as expectativas para a produção de moradias de baixo custo a partir de PVC, mistura de um polímero de alta resistência obtido do gás, cloro e sal, todos elementos abundantes na Venezuela.

Atualmente já funciona a primeira planta das chamadas "petrocasas" no estado Carabobo, que se espera que produza umas oito mil casas em 2008, primeira etapa de uma capacidade instalada cerca de 15 mil casas por ano.

Proximamente será inaugurada outra planta similar em Apure e para meados de 2009 o Ministério de Moradia tem projetado ter em funcionamento ao todo sete instalações da Petrocasa -a empresa encarregada do projeto- em diferentes regiões.

Adicionalmente as sete plantas gerarão oito mil empregos e constituirão um estímulo a outros ramos industriais que contribuem insumos para moradias desde grifos até vidros.

O modelo atual das petrocasas é de 88 metros quadrados com três quartos, um banheiro, cozinha, sala, sala-de-jantar e varanda, a partir da prioridade de moradias populares para quem não têm casa, com preços 30 a 40 por cento abaixo dos do mercado.

A perspectiva, no entanto, aponta a facilitar no futuro a aquisição destes módulos por qualquer pessoa interessada, incluindo projetos de "petro-edifícios" de cinco andares e sua utilização em obras sociais como consultórios médicos.

A propostas e avaliada pelos resultados de um plano piloto de 456 casas realizado na comunidade Nossa Senhora de Coromoto em Guácara, estado de Carabobo, que beneficia a mais de três mil pessoas.

A partir desta experiência considera-se organizar designação de moradias mediante os conselhos comunais, sobre a base de um critério que se antepõe ao mercado, a melhor distribuição de riquezas e o benefício de setores menos favorecidos.

Esta política aplicada no mandato do presidente Hugo Chávez pretende terminar com a distorção provocada pela prioridade do mercado a conceitos sociais e provocou a existência de milhões de pobres no país, quinto exportador mundial de petróleo.

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