O prestigioso jurista norte-americano Leonard Weinglass, defensor dos cinco antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos, exporá hoje sobre esse emblemático caso no Centro de Direitos Humanos da Universidade Central do Chile.
Convidado ao Chile pelo ex-juiz Juan Guzmán, diretor desse centro de estudos, e pela Coordenadora de Solidariedade com Cuba, a conferência magistral será realizada diante de um público de juristas, acadêmicos e estudantes chilenos.
A presença de Weinglass coincide com os 10 anos de prisão de Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González em cárceres em diferentes regiões dos Estados Unidos.
O conhecido juristas estadunidense também dará uma aula magistral sobre o tema na Universidade de Arte e Ciências Sociais (UARCIS) na quinta-feira, realizará reuniões com meios de imprensa chilenos e estrangeiros e terá vários encontros com o ex-juiz Guzmán, bem como com outras personalidades.
O ex-juiz chileno, conhecido por ter processado ao ditador Augusto Pinochet e por outros casos de direitos humanos e de defesa das comunidades Mapuches, assistiu no ano passado a uma audiência oral dos cinco cubanos em Atlanta e, ao seu retorno, denunciou numerosas arbitrariedades judiciais.
Weinglass se reunirá igualmente com membros do ramo chileno da Associação Latino-americana de Juristas, bem como com diretores do Congresso Chileno e outras autoridades e, também, atualizar-se-á com respeito ao trabalho de solidariedade que é realizado no Chile a favor dos cinco cubanos.
Os cubanos, que trabalhavam contra grupos terroristas da Flórida, Estados Unidos, responsáveis de atentados contra Cuba, foram encarcerados e submetidos a julgamento em 1998 nesse mesmo estado, que tem uma longa história de hostilidade com a ilha.
Os cinco foram condenados a sentenças extremamente longas: Gerardo Hernández foi sentenciado a duas cadeias perpétuas, Antonio Guerrero e Ramón Labañino, a uma cada um, Fernando González a 19 anos e René González a 15 anos.
