Dulci diz que Brasil e Paraguai discutirão tratado de Itaipu

Brasil e Paraguai continuarão discutindo sobre a Hidrelétrica de Itaipu "no âmbito do tratado já existente", afirmou em Montevidéu o chefe da secretaria-geral da Presidência, Luiz Dulci.

Dulci se reuniu em Montevidéu com o chanceler uruguaio, Gonzalo Fernández, e participou de um seminário sobre integração, no qual falou sobre Itaipu, mas esclareceu que Brasil e Paraguai têm interesses comuns que "vão além" da hidrelétrica.

O ministro afirmou que serão discutidas as possibilidades de melhorias, que são reivindicadas pelo Paraguai, desde que "dentro do âmbito do Tratado já existente".

"Sempre houve negociações sobre Itaipu com diferentes presidentes e agora as perspectivas com o novo governo de Fernando Lugo são boas", continuou.

O Paraguai, único país na região com excedente energético, pede ao Brasil a revisão do tratado sobre a hidrelétrica binacional de Itaipu, pois argumenta que o valor pago pelo Brasil pelo excedente paraguaio é baixo.

O Tratado de Itaipu, assinado em 1973, determina que o excedente paraguaio deve ser comercializado exclusivamente ao Brasil e a preço de custo.

Durante campanha eleitoral, o presidente paraguaio, Fernando Lugo, que tomou posse há um mês, afirmou que exigiria do governo brasileiro a revisão do tratado e a comercialização da energia a um preço justo.

Em Montevidéu, Dulci também respondeu a perguntas sobre quem será o escolhido do presidente Lula para disputar as eleições presidenciais de 2010. Para ele, a ministra da Casa Civil, Dilma Rouseff, é "o nome muito considerado", mas "no PT, se não tiver uma candidatura natural de alguém que se perfile com grandes preferências na opinião pública, Lula deverá indicar quem irá sucedê-lo". (ANSA)

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