Aparentemente foi obra da direita neoliberal, que no momento empreende uma grande ofensiva para desestabilizar e derrubar o presidente índio do país, Evo Morales, que recebeu uma votação consagradora do eleitorado boliviano no referendo revogatório realizado recentemente.
Atentado contra a pátria
O presidente da empresa estatal boliviana YPFB, Santos Ramírez, e o ministro da Presidência, Juan Ramon Quintana, confirmaram a explosão e afirmaram que o impacto no abastecimento do gás ao Brasil será de cerca de 10% do envio diário. Eles afirmaram que o ataque foi um "atentado contra a pátria" e responsabilizaram a oposição que realiza protestos na região.
De acordo com a estatal boliviana, deverá haver uma diminuição diária de 3 milhões de metros cúbicos. Por contrato, a Bolívia tem que enviar 31 milhões de metros cúbicos de gás todos os dias ao país e tem cumprido o envio.
Repúdio da CTB
A explosão ocorreu na localidade de Palmar Grande, no Grande Chaco boliviano, no departamento (Estado) de Tarija, onde funciona um “Comitê Civico de Tarija”, presidido por Reinaldo Bayard, que faz ferrenha oposição ao presidente Evo Morales e procurou jogar a responsabilidade pelo atentado ao governo.
Seus argumentos, todavia, não são convincentes. O caráter golpista da ofensiva da direita neoliberal e do imperialismo ianque contra o governo de Morales é mais do que evidente. A CTB manifesta sua irrestrita solidariedade ao presidente da Bolívia, democraticamente eleito e confirmado no cargo por mais de dois terços do eleitorado, repudia o ato criminoso e apela às autoridades brasileiras para que também condenem o terrorismo e exija respeito ao estado de direito e à democracia.
