Colômbia: 12 mil trabalhadores param suas atividades na indústria da cana

Cerca de 12.000 trabalhadores da Indústria de cana de açúcar dos departamentos do Valle del Cauca e del Cauca cessaram suas atividades nos engenhos Pichichí, Providencia, Manuelita, Central Tumaco, Incauca, María Luisa, Mayagüez e Central Castilla. Outros 7.000 trabalhadores dos engenhos San Carlos, Rio Paila e Carmelita (no norte do Valle), estão reunidos na Assembléia definindo sua participação no encerramento de suas atividades.

Os trabalhadores decidiram concentrar-se em frente às instalações dos engenhos para declarar em Assembléia Permanente a paralisação de atividades. Segundo informações recebidas de autoridades locais, militares, e organizações que acompanham o processo, o Presidente da República, Alvaro Uribe Vélez deu instruções expressas à polícia e ao exército, no sentido de militarizar e ocupar os engenhos, passando por cima das autoridades locais e departamentais.

Este fato tem gerado problemas de ordem pública em, pelo menos, 9 municípios do Valle del Cauca e Cauca (Guacarí, Cerrito, Palmira, Pradera, Florida, Candelaria, Miranda, Corinto e Puerto Tejada). Agentes do ESMAD agrediram os trabalhadores violentamente, tendo até o momento um balanço negativo de aproximadamente 25 feridos. Esta situação (a ordem presidencial e as agressões do ESMAD) foi denunciada para o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas e à Defensoria do Povo, de quem se espera um pronunciamento nas próximas horas.

Os Comitês de Trabalhadores da Indústria da Cana esperam que ASOCAÑA mude sua atitude e aceite estabelecer uma mesa de diálogo onde se negocie o único documento que os trabalhadores apresentaram desde o mês de julho deste ano.

Adital

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