Valdés ressaltou a vontade do Executivo de frear a atual crise política com a assinatura de um Acordo Nacional.
“O Governo fez um esforço importante, generoso, honesto e autêntico para que o povo boliviano supere o conflito atual”, destacou o diplomata.
No texto que deveria ser assinado pelos governadores regionais opositores de Santa Cruz, Rubén Costa; de Beni, Ernesto Suárez; e de Tarija, Mario Cossío, contemplava-se a necessidade de um referendo sobre a nova Constituição, depois de melhorar o capítulo das autonomias.
No entanto, as autoridades regionais demandaram a incorporação de uma autonomia plena no texto da nova Carta magna, o que freou essas conversas.
A UNASUL manifestou a disposição de se manter na Bolívia para acompanhar esta aproximação o tempo que o Governo e o povo boliviano o requeiram.
Segundo Valdés, a comissão encomendada pela presidenta Michelle Bachelet, que ocupa a presidência pró tempore desse bloco, também se encarregará de investigar um massacre de camponeses no departamento de Pando, em 11 de setembro passado.
Por sua vez, a Organização de Nações Unidas, através de sua representação em La Paz, pediu ontem que se mantenha nesta segunda-feira o trabalho das mesas como parte do diálogo reconciliador para pacificar ao país.
Por sua vez, as organizações sociais que integram a Coordenadora Nacional para a Mudança (CONALCAM) anunciaram que radicalizarão os bloqueios de estradas e o cerco à oriental cidade de Santa Cruz até que não se ratifique um acordo para convocar a consulta sobre a nova carta magna.
Cochabamba, Bolívia, 22 set (Prensa Latina)