Anistia Internacional acolhe com satisfação o compromisso de fechar Guantánamo

A afirmação feita pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, em uma entrevista na cadeia CBS, de que se manterá firme em seu compromisso de fechar o centro de detenção da Baia de Guantánamo, é, segundo afirmou a Anistia Internacional, um passo importante na direção correta.

"A Anistia Internacional acolhe com satisfação a confirmação do presidente eleito de que sua intenção é fechar Guantánamo e garantir que os Estados Unidos não empregue a tortura. Pedimos-lhe que tome a iniciativa depois de tomar posse do cargo em janeiro e que considere prioritário por fim as práticas ilegítimas de detenção e interrogatório por parte dos Estados Unidos", afirmou Rob Freer, pesquisador de Anistia Internacional sobre Estados Unidos.

Pede-se ao presidente eleito Obama que transforme suas palavras em ação nos primeiros cem dias de seu mandato presidencial e que demonstre sua intenção de cumprir com as obrigações internacionais dos Estados Unidos, o que inclui promulgar uma ordem executiva que proíba a tortura e outros maus tratos, segundo os define o direito internacional.

"O presidente George W. Bush também disse que os Estados Unidos não torturaria, mas o uso da ‘simulação de afogamento’ (waterboarding) e outras técnicas de interrogatório ‘melhoradas’ contra pessoas detidas em lugares de detenção secreta da Agencia Central de Inteligência (CIA), assim como as torturas e outros maus tratos infligidos a pessoas privadas de liberdade no Afeganistão, Iraque e Guantánamo, indicam o contrário. Revelam um fato triste e alarmante: que os Estados Unidos têm autorizado e justificado o uso da tortura e outras práticas ilegítimas em nome da segurança nacional" afirmou Rob Freer.

A Anistia Internacional pede também ao presidente eleito que apóie a criação de uma comissão independente que investigue todos os aspectos das práticas de detenção e interrogatório dos Estados Unidos na "guerra contra o terror" e garanta a plena prestação de contas pelas violações de direitos humanos cometidas nesse contexto.

Adital

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.